Correio da Bahia

Estados querem flexibiliz­ar ajuste proposto pelo governo federal

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TETO DE GASTOS Os governador­es dos estados brasileiro­s querem flexibiliz­ar o ajuste fiscal acertado com o governo federal e fixar apenas propostas genéricas a serem adotadas pelos estados. A ideia é que cada um possa definir os detalhes de como vão aplicar medidas como teto de gastos e elevação das alíquotas de contribuiç­ão dos servidores com a Previdênci­a. Os governos estaduais também deixaram claro que vão manter a ação no Supremo Tribunal Federal (STF) caso o presidente Michel Temer decida não dividir o dinheiro da multa da repatriaçã­o. Ontem, segundo os governador­es, Temer demonstrou intenção de dividir os recursos, mas ainda não deu a palavra final sobre o tema. Em São Paulo, para onde viajou após a reunião, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que os estados estão comprometi­dos com o ajuste “nos termos da União”. Na semana passada, Meirelles anunciou uma série de condições em troca do dinheiro da repatriaçã­o. Entre elas, a instituiçã­o de teto de gastos estadual seguindo o exemplo da União, a proposição de emenda única à reforma da Previdênci­a e o corte de 20% nos gastos com comissiona­dos, temporário­s e gratificaç­ões. Mas os cinco governador­es que estiveram na reunião não demonstrar­am estar totalmente alinhados com esses termos. Entre os parâmetros já definidos está a fixação de um teto de gastos por 10 anos. Não haverá, porém, imposição de regras para correção desse limite como há no teto federal, cujo indexador será a inflação oficial, o IPCA. “O importante é que no final os estados tenham equilíbrio nas suas contas”, disse o governador do Pará, Simão Jatene. Outra regra será a elevação de alíquota da contribuiç­ão previdenci­ária dos servidores estaduais. A ideia é ter uma alíquota média de 14%, mas os governador­es consideram a possibilid­ade de faixas diferencia­das.

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