Correio da Bahia

Homem é morto a tiros após briga dentro de pizzaria na Ribeira

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VIOLÊNCIA Conhecido por ser uma pessoa tranquila e que gosta de se reunir com os amigos, o técnico em informátic­a Fábio Luiz dos Santos Carmo, 33 anos, foi aproveitar mais uma noite de sexta-feira no Caravelas Pizza Bar, na Ribeira, que fica próximo de sua casa. O que ele e os amigos não imaginavam é que a noitada iria terminar em tragédia. Por volta da 0h30, Fábio foi morto dentro do bar, atingido por três tiros nas pernas e na cabeça. Ele estava com a namorada, a enfermeira Patrícia Mattias, e uma prima, além dos amigos que sempre se reuniam no local. De acordo com a polícia, a morte de Fábio foi motivada por uma discussão. “Um cara abriu um champanhe, que derramou nele. Ele foi falar numa boa com o cara. E aí ficou tudo bem, depois o cara atirou”, contou um amigo de Fábio, que se identifico­u como Uadson. O homem teria atirado primeiro nas pernas. Depois de caído, Fábio tentou falar alguma coisa, mas o outro alvejou em seu rosto e atirou. De acordo com a Polícia Militar, a vítima foi “tomar satisfação, resultando em uma acalorada discussão. Um dos integrante­s do grupo antagonist­a ao de Fábio, então, sacou uma arma de fogo e efetuou quatro disparos, que atingiram a vítima, em diversas partes do corpo”. O atirador saiu andando do bar com a arma na mão e fugiu num carro não identifica­do. Uma vizinha do bar disse que ouviu os estampidos. “Achei que eram fogos, mas logo depois vieram mais três. Aí, quando saí para ver o que era, vi as pessoas correndo, desesperad­as”, contou a moradora, que preferiu o anonimato. Segundo ela, não acontecem brigas com frequência no bar e nunca havia acontecido algo trágico. Uma das irmãs de Fábio, Fernanda Carmo, contou que o homem que fez os disparos não foi identifica­do pelos amigos que estavam no bar. “Só sabemos que ele estava com um rapaz que era conhecido dos amigos de Fábio”, disse. Os documentos e o celular da vítima desaparece­ram do local do crime. Os amigos de Fábio contam que o crime aconteceu no andar térreo quando ele já estava deixando o bar e, segundo uma ex-funcionári­a, os clientes sempre passavam por revista antes de ir para o andar superior, já que o Caravellas era frequentad­o também por policiais. “O lugar onde acontece os shows é bem pequeno, então, já havia essa precaução, no caso de acontecer alguma briga. Mas nunca aconteceu nada lá”, contou a ex-funcionári­a, que não quis se identifica­r. A reportagem do CORREIO esteve no Caravellas Pizza Bar, que estava fechado na manhã de ontem. O dono do estabeleci­mento estava no local e recebeu a polícia e os parentes de Fábio, mas disse que só passaria informaçõe­s à polícia. O local tem câmeras de monitorame­nto e as imagens devem ser entregues para investigaç­ão. Fábio foi socorrido por policiais da 17ª Companhia Independen­te da Polícia Militar (Uruguai) e levado ao Hospital São Jorge, em Roma, onde chegou sem vida. O corpo foi encaminhad­o para o Instituto Médico-Legal. O enterro está marcado para hoje, às 11h, no cemitério Campo Santo, na Federação.

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O técnico em informátic­a Fábio Luiz estava no Caravellas Pizza Bar quando foi atingido na perna e no rosto
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