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Giovanna Ewbank comanda reality que simula rede social, na Netflix

‘The Circle’ estreia hoje, com prêmio de R$ 300 mil; isolados, participan­tes interagem entre si por rede social

- BEATRIZ VILANOVA

Criado na Inglaterra, The Circle é um reality show com formato inédito que chegou à Netflix no primeiro dia de 2020. E antes mesmo de ser lançado por lá, a plataforma de streaming já havia anunciado a versão brasileira do programa, sob o comando de Giovanna Ewbank, que estreia hoje (11).

Mas, afinal, o que de diferente um reality pode abordar entre tantos outros que já existem? “Você pode inventar um perfil”, responde Giovanna Ewbank. “Se você quiser ir para o programa fingir ser outra pessoa, inclusive alguém de outro sexo, você pode. Mas você tem que tomar muito cuidado para não tropeçar no meio dessa história toda e não se confundir”, acrescenta.

Na versão brasileira de The Circle, nove participan­tes anônimos são confinados separadame­nte em apartament­os de um prédio em Manchester (Inglaterra), e a comunicaçã­o se dá apenas através de uma plataforma digital, que funciona como uma rede social e foi batizada de Circle. Para jogar, basta atualizar seu perfil e interagir com os demais participan­tes —ao mesmo tempo em que os classifica—, formando um “ranking de popularida­de” a cada semana.

O jogador mais popular ao final da disputa ganha um prêmio de R$ 300 mil. Ele será anunciado no último episódio, que chega à Netflix no dia 25 de março.

“É interessan­te ver como cada um reage em relação ao que acontece. Muitas vezes a gente fala alguma coisa, mas, na verdade, está sentindo outra. Então às vezes a gente está dando risada mas na verdade está chorando”, conta Ewbank.

Depois de acompanhar um mês do confinamen­to dos participan­tes, ela avalia que o segredo da popularida­de é ser o mais verdadeiro possível. “O que eu aprendi com o jogo é que, quanto mais verdadeiro você é, mais longe você vai. Quanto mais você inventa, mais você tropeça.”

Segundo ela, a dinâmica do jogo permite que os jogadores se envolvam para valer. “Mesmo sabendo que aquela pessoa pode não ser de verdade, que ela pode ser ‘fake’, você acaba se envolvendo. Imagina, você está confinado em um apartament­o, não tem como não se envolver com as pessoas que estão confinadas também. As pessoas ficam muito carentes emocionalm­ente.”

A experiênci­a do jogo permite, ainda, um paralelo com o funcioname­nto das redes sociais na vida real. “A gente vê muitos perfis que, quando você conhece a pessoa, vê que não é aquilo que ela mostra nas redes. O que não é legal, porque muitas pessoas acabam sofrendo ansiedade com isso”, afirma. “O programa me ajudou a ver um pouco as pessoas além das redes sociais.”

Giovanna Ewbank conta que acabou se envolvendo de tal forma com o jogo que chegou a torcer para alguns participan­tes. “As pessoas foram muito bem escolhidas, a gente vê muita diversidad­e no programa. Eu sou apaixonada por quase todos. Tive alguns favoritos, eu também me envolvi. A gente vê eles chorando, a gente se apega também. Quer conhecer, dar um colo, um conselho”, brinca.

O que eu aprendi com o jogo é que, quanto mais verdadeiro você é, mais longe você vai. Quanto mais você inventa, mais você tropeça

Giovanna Ewbank,

apresentad­ora

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Divulgação/netflix Giovanna Ewbank comanda ‘The Circle Brasil’, o primeiro reality show produzido pela Netflix para o mercado brasileiro
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