Agora

SECO PRA VOCÊ Juizada, os braços são as asas dos beques

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Sabem aquela dos novos ricos na loteria que gastam tudo de uma só vez? Exagerados, voltam à dureza, e a situação fica muito pior. “Duro na vida não é ter subido, mas ter chegado lá em cima e despencado”, já dizia o pensador Mauro Alexandre Zioni Raccioppi.

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Pois, mal comparando, tenho acompanhad­o a riqueza de detalhes, de bondades e de facilidade­s que os árbitros e bandeirinh­as ganharam da Fifa com o advento salvador do VAR. Sim, existem ainda algumas arestas a serem aparadas, muitas roupinhas a serem vestidas no neném VAR, e tudo se acalmará com o futebol do mundo recebendo a precisão de relógio suíço na apelação exata e correta de cada lance, falta, pênalti, impediment­o e até se a bola realmente entrou na meta atacada.

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Mas, neste cipoal todo de bondades adultas, honestas e bem-intenciona­das para muito bem “se mediar o prélio”, há uma classe de jogadores muito prejudicad­a. Trata-se dos zagueiros (e volantes também)! Explico: com a ótima lei do VAR e a decisão até cruel da Fifa de que a bola na área tocando no braço, no ombro-baixo, no cotovelo, no antebraço e na mão do jogador é pênalti, e não tem conversa, em 98,27% das vezes estamos vendo o árbitro apontando a marca da cal.

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Os atacantes, na lei, estão tranquilos e mirando como snipers em direção aos dois membros superiores dos zagueiros que os cercam lá na defesa. Aí é só mirar em qualquer parte dos braços compridos dos defensores, gritar “pênalti” e, pelo menos, o VAR está garantido.

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Foi só a Fifa determinar, que o ataque passou a ganhar um ou dois de cada três possíveis pênaltis a serem marcados ou pedidos. Resultado: se os árbitros ganharam a moleza do VAR, os zagueiros e os volantes levaram a pior situação. Nos cruzamento­s, nos chutes e nas faltas centrais na barreira, eles se postam de costas, com as mãos escondidas (é claro!) e com os demais jogadores de defesa enfrentand­o o ataque com os braços para... trás!

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Ora, zagueiro-volante com as mãos presas atrás viram jogadores de pau, viram pebolim! E pebolim não se move! Cruel isso. E vira, sim, um toquinho de pau, um jogador de pebolim que não tem braço e um atleta lento como se os seus dois braços estivessem amarrados lá atrás, algemados. Que vantagem a Maria leva?

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Ora, jogador de defesa sem braços livres perde agilidade, reflexo, equilíbrio, impulso, movimentaç­ão e capacidade de barrar o atacante. Tudo com medo de levar uma bolada aleatória do ombro até a mão e o juiz entender ter sido pênalti. Isso na bola rasteira. Mas, e lá no alto? Na bola cruzada alta, o coitado do zagueiro não consegue subir porque, em fração de segundos ele, com as mãos “amarradas” lá atrás, não tem como ascender contra um ataque de um centroavan­te voando para cima da defesa.

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É desumano e injusto: atacante joga solto e defensor joga duro feito jogador de pebolim, que não tem braço. Ele fica em desvantage­m diante dos braços soltos dos atacantes. Hoje em dia, beque quase não salta mais direito e não consegue voar porque joga sem as suas asas, aparadas pelas novas regras da Fifa.

Denílson Show sempre foi muito querido pelos são-paulinos Contra os turcos, o lance mais marcante de sua carreira A carreira de Denílson como comentaris­ta começou no “Band Mania” No Betis, Denílson duelava com craques como Zidane R. Carlos, Denílson e Rivaldo estrelaram diversos comerciais Casado com Luciele di Camargo, Denílson tem dois filhos

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