Agora

Padres dividem apoio entre Bolsonaro e Haddad

- (FSP)

Jair Bolsonaro (PSL)OU Fernando Haddad (PT)? Não são só mesas de bares e grupos de Whatsapp que têm se dividido sobre a eleição mais polarizada do Brasil nas últimas décadas.

Missas e redes sociais vêm servindo de termômetro para o cisma político dentro da Igreja Católica, com padres e até bispos tomando partido, apesar de o direito canônico desestimul­ar posicionam­entos de natureza política.

Monsenhor Sérgio Tani preside o tribunal eclesiásti­co da Arquidioce­se de São Paulo, que julga de processos internos da Igreja a pedidos para declarar nulo um matrimônio. No tribunal na internet o veredicto do monsenhor é claro: reproduz diariament­e textos contra o PT. “Bolsonaro começou com a tortura, fez o Haddad e a Manu assistirem [sic] missa”, afirma um deles, acompanhad­o do emote de uma carinha chorando de tanto rir.

O petista e sua vice, Manuela D’ávila (PC do B), participar­am de uma missa na Paróquia dos Santos Mártires, na periferia paulistana na sexta, feriado de Nossa Senhora Aparecida.

Jaime Crowe, padre que celebrou o ato litúrgico, perguntou aos fiéis “como chegamos” ao ponto em que “alguém pode dizer para nós bandido bom é bandido morto, que tem que armar todo mundo”.

A cúpula da CNBB entrou na mira de propagador­es do bolsonaris­mo, após seu presidente, o cardeal Sérgio da Rocha, dizer em fevereiro que a entidade rejeitará “candidatos que promovam ainda mais a violência”, interpreta­do como uma indireta a Bolsonaro.

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O candidato do PT, Fernando Haddad, ao receber hóstia de padre durante missa na última sexta-feira

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