Conscientizar a população é saída para conter gastos com energia
Quando a empresária Vanessa Beck, 38 anos, mudou de apartamento, há quatro meses, uma de suas primeiras decisões foi comprar todas as lâmpadas de LED para economizar energia.
Para reduzir ainda mais os custos da conta, ela também passou a lavar roupa uma vez por semana e deixou de passar as peças.
“Eu e meu marido decidimos fazer as economias não só para diminuir os gastos, mas também para conscientizar nossa filha, que tem quatro anos. Para ela, é importante aprender desde cedo a usar o recurso”, conta.
No quarto da filha, Vanessa aproveitou para instalar um painel que imita o sistema estrelar. “Assim, mesmo com luz na hora de dormir, o gasto não é alto”, diz.
Para Wagner Carvalho, especialista em eficiência energética na W-energy, a conscientização da população é o único caminho possível para controlar os gastos. “A energia elétrica do Brasil é a quinta mais cara do mundo e está caminhando para o primeiro lugar em alguns anos”, afirma.
Ele considera a situação “curiosa”, pois os brasileiros deveriam pagar o valor mais barato em comparação com outros países. “A maior parte da nossa matriz é proveniente de fontes hidráulicas e a água que gira turbina é de graça. Nosso país possui a maior reserva de água doce do planeta”, afirma.