Agora

A vez de Miranda

Aos 33 anos, zagueiro vai ser o titular mais velho na vaga desde Bellini, na Copa de 1966, na Inglaterra

- (FSP)

Nove anos após o seu primeiro jogo como titular da seleção brasileira, o zagueiro Miranda fará sua estreia em uma Copa do Mundo.

A oportunida­de chegou ao jogador da Inter de Milão quando ele está próximo de completar 34 anos, no dia 7 de setembro, o que o torna o defensor titular mais velho do Brasil em um Mundial desde 1966, na Inglaterra.

Naquela ocasião, Bellini, que aos 36 anos disputava a Copa pela terceira vez, formou dupla com Altair. Oito anos antes, foi responsáve­l por imortaliza­r o gesto de levantar a taça de campeão, no primeiro título brasileiro.

Miranda ficou fora das listas de Dunga e Felipão, em 2010 e 2014, respectiva­mente. Há oito anos, não foi chamado porque ele cumpriria duas partidas de suspensão por conta da expulsão contra a Venezuela, na última rodada das eliminatór­ias.

Em 2014, após ser vice da Liga dos Campeões com o Atlético de Madrid, foi preterido por Henrique.

“Realmente, fiquei muito triste de não disputar as duas últimas Copas do Mundo, mas procuro respeitar a decisão de cada treinador. Admito que esperava a convocação para a Copa no Brasil, mas não aconteceu. Tudo tem um propósito na vida”, disse o zagueiro natural de Paranavaí (PR).

Titular absoluto

Na Rússia, ele formará a dupla de zaga com Marquinhos, de 24 anos, titular na maioria dos jogos sob o comando de Tite, ou Thiago Silva, que passou a ter mais prestígio com o técnico e atuou nos últimos amistosos, contra Rússia e Alemanha.

Thiago Silva, de 33 anos, que já esteve nas Copas de 2010 e 2014, é 15 dias mais novo do que Miranda. O jogador da Inter de Milão é o sexto atleta que mais atuou na era Tite, com 14 jogos —Renato Augusto, Coutinho e Willian são os que mais jogaram, com 17 partidas.

Desde que Tite assumiu, Miranda só não jogou contra a Colômbia (eliminatór­ias) quando foi cortado após uma concussão, além de ser poupado dos amistosos contra Argentina e Austrália.

Em minutos, ele perde só para o goleiro Alisson e o meio-campista Paulinho. O defensor esteve em campo por 1.208 minutos. O jogador do Barcelona tem 1.377 minutos, enquanto o goleiro atuou por 1.305.

“Posso assegurar que chego à minha primeira Copa no melhor momento da carreira. Neste período, tive uma evolução técnica e tática muito grande”, declarou.

“Eu e minha esposa [Jaqueline] somos fechados e vivemos bem assim”, disse ele, que tem dois filhos: João Vitor (12 anos) e Lucas (8).

O camisa três é tido como líder da seleção. “Eu me vejo sim como um dos líderes. Temos vários líderes e cada um a seu jeito. Todas as lideranças são aceitas na seleção.”

Com a experiênci­a de sete anos jogando na Europa (Atlético de Madrid e Inter de Milão), Miranda vê a seleção com a credibilid­ade recuperada após o fracasso em 2014 e o início ruim nas últimas eliminatór­ias.

Segundo Miranda, o ponto forte brasileiro é que “temos uma seleção madura e com vários jogadores que podem decidir. Sabemos da importânci­a dele, mas não vejo que somos dependente­s do Neymar. Tivemos uma evolução tática muito grande”.

Miranda pede atenção com os rivais na primeira fase da Copa, porque “vão jogar por uma bola”, garantiu.

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Lucas Figueiredo - 12.nov.16/cbf/divulgação Um dos líderes do atual elenco canarinho, o zagueiro Miranda chegará à Rússia para disputar sua primeira Copa do Mundo, com chances reais de buscar o hexa
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