Agentes tentam convencer morador de rua com abrigo
Equipes de abordagem da prefeitura tentam convencer moradores de rua da capital a seguir para albergues municipais e centros de acolhida. Segundo a prefeitura, são 14 veículos que rodam, a partir das 22h, abordando quem vive ao relento.
Um idoso dormia enrolado em um cobertor na última terça-feira. Os termômetros marcavam 13˚C. Só dava para ver os pés para fora. “Boa noite, senhor. Quer ir para um abrigo?”, perguntou a orientadora Wenia Diniz, sem ouvir resposta. Foi preciso mais uma tentativa para o homem tirar a cabeça e negar a abordagem. Após fornecer o primeiro nome, ele aceitou o cobertor oferecido pela equipe e dormiu.
Enquanto cobriam o morador de rua, as orientadoras foram abordadas por uma garota de programa. Ela avisou que outra pessoa próxima dali também dormia ao relento. Era o encanador Romildo de Jesus, 42, deitado com os braços encolhidos dentro do moletom. Diferentemente de Antônio, ele aceitou de pronto o convite e seguiu para o CTA (Centro Temporário de Acolhimento) Santana (zona norte).
A assistentes sociais não podem obrigá-los a aceitar o acolhimento. Intervenção mais incisiva se dá apenas em casos extremos, quando a pessoa apresenta sintomas graves de saúde.
Nesta semana, dois moradores de rua morreram em uma madrugada gelada. Uma suspeita é que possam ter morrido por hipotermia, mas a causa será confirmada após perícia.