Sem peça, produção de veículos é afetada em 16 fábricas no país

O impacto da greve nacional dos caminhoneiros já prejudicou a produção em 16 fábricas de carros e caminhões do país, conforme balanço da Anfavea, entidade que reúne as montadoras.

A maior parte das montadoras de veículos está paralisada por falta de peças, mas também já ocorre um efeito em cascata. Fábricas de motores e transmissões como a da Ford (Taubaté) ou da GM (São Carlos), também pararam porque não conseguem entregar o que produzem

Desde terça, estavam paralisadas as plantas da Ford, em Camaçari (BA) e Taubaté (SP), e da GM, em Gravataí (RS) e São Caetano do Sul (ABC). Com a continuidade da greve, no entanto, o problema se agravou e outras 11 fábricas pararam pelo menos um turno. A situação chegou a São Bernardo (ABC) da Ford, Piracicaba, da Caterpillar, e São José dos Campos (SP), da GM, além de quatro plantas da Volkswagen em São Bernardo, São Carlos, São José dos Pinhais e Taubaté.

A fábrica da Honda em Sumaré (SP) também deve interromper as atividades hoje.

“Se a situação não se resolver nos próximos dois dias, teremos praticamente todo o setor paralisado”, afirma Antônio Megale, presidente da Anfavea. O executivo não sabe qual será o tamanho do prejuízo, mas acredita que tem potencial para reduzir a produção mensal de veículos.

Ontem, a Justiça autorizou o uso de força, caso seja necessário, e proibiu o bloqueio de estradas no país.