Queixas contra a prefeitura triplicam no 1º trimestre
Reclamações à Ouvidoria subiram de 1.807, entre janeiro e março de 2017, para 5.346 neste ano
O número de reclamações feitas por moradores da capital à Ouvidoria Geral da Cidade de São Paulo triplicou no primeiro trimestre deste ano em comparação com igual período de 2017. Segundo dados da prefeitura, foram feitas 5.346 queixas entre janeiro e março deste ano, ainda sob gestão João Doria (PSDB), contra 1.807 no mesmo período de 2017.
O número de protocolos registrados pela Ouvidoria entre janeiro e março deste ano também é o maior para um primeiro trimestre desde 2011. Na comparação com o quatro trimestre do ano passado (3.691 registros), na gestão João Doria, também houve aumento.
Nos primeiros três meses do ano passado, o morador da capital ainda vivia um período de “lua de mel” com Doria, recém-eleito em primeiro turno e com 43% de aprovação (ótimo e bom) entre os moradores da cidade. Tanto que o número de queixas à Ouvidoria foi o menor desde 2011. A partir do final do primeiro semestre, as reclamações começaram a aumentar. O período coincide com as críticas sofridas por Doria por falhas na zeladoria na cidade.
Árvores
Nos primeiros três meses deste ano, as reclamações sobre poda e corte de árvores foram as campeãs, com 770 pedidos protocolados, mais de dez vezes o registrado em igual período do ano passado (74). Em nota, a prefeitura atribuiu a alta ao número reduzido de equipes para fazer os serviços (leia ao lado).
Áreas onde Doria mais investiu, como a pavimentação, pelo programa Asfalto Novo, também tiveram aumento. No primeiro trimestre de 2017, houve 245 queixas por buracos e pavimentação. Em igual período deste ano, mais que o dobro (492). Outro setor que registrou aumento expressivo foi o de capinação e roçada de áreas verdes, saltando de 135 para 434 casos na comparação entre os dois períodos.