Nem chuva espanta turista da areia na Praia Grande
Tempo ficou nublado, mas o frio não veio. Mormaço incentivou banhistas a lotar calçadões e quiosques
enviado especial a Praia Grande
Nem mesmo a chuva e o tempo carrancudo afastaram os turistas da areia e do mar na Praia Grande (71 km de SP), ontem, véspera da virada de Ano-Novo. Quem decidiu aproveitar os últimos dias de 2017 no litoral trocou o sol pelo mormaço para se bronzear —no início da tarde, fazia 26˚C. Teve até quem trocou o guarda-sol pelo guarda-chuva.
A doméstica Sueli de Oliveira, 60 anos, mora em Carapicuíba (Grande SP) e chegou ao litoral na quinta-feira. Ontem, mesmo com chuva, ela acordou às 6h. Às 9h já estava em Cidade Ocian requebrando ao som de forró universitário e outros ritmos, diante de um palco com professores de ginástica e dança. “Para mim não tem tempo ruim. Vale muito a pena acordar cedo e vir para a praia. Minha família tem 15 pessoas e já começamos a comer ontem, por isso preciso queimar tudo hoje”, diz.
Comer e beber na areia da praia também é o programa da família do auxiliar admi- nistrativo André Luiz Cordeiro Rodrigues dos Santos, 35. Eles são de Lauzane Paulista, no Mandaqui (zona norte), e chegaram anteontem a Praia Grande. Ao todo, são esperados 33 parentes. “Apesar da chuva, a gente veio para curtir. É só cerveja e carne até o dia 7”, falou Santos, com uma latinha na mão.
Sombrinhas
Para a professora Ana Amaral, 55, de Itapetininga (172 km de SP), são raras as oportunidades de curtir a praia, por isso a chuva não é um empecilho. “É muito longe, são cinco horas de viagem, então tenho que aproveitar quando venho”, disse. Ontem, ela caminhou na areia com um guarda-chuva, contemplando o mar.
Assim como Ana, não foram poucas as pessoas que juntaram guarda-chuvas e sombrinhas aos adereços típicos de praia, como cangas e cadeiras dobráveis. O calçadão e os quiosques também encheram.
Também há quem vê na chuva oportunidade de ter um pouco de sossego. A professora Arlete Fonseca, 53, caminhava com guardachuva ao lado do marido, o administrador Marcio Morata, 51. “Essa chuvinha é boa para descansar. A gente vem para cá e relaxa, porque não tem horário para cumprir, não tem relógio”, afirmou.