Cinderelas da nova era em peça
Uma Cinderela que usa tênis. Outra que sonha com uma grande viagem. Essas são algumas das personagens da peça infantil “Cinderelas”, em cartaz neste domingo, pela 87ª Mostra Macunaíma de Teatro.
“O conto original e o livro ‘Os Oito Pares de Sapato de Cinderela’ inspiram esse novo roteiro, que apresenta Cinderelas com sonhos bem diferentes, que não ficam só presas à ideia de serem salvas por um príncipe encantado”, explica Carolina Otoni, diretora da peça. O livro, de José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta, retrata meninas —representadas pelo papel de Cinderela— que têm diferentes sonhos.
As ideias da montagem partiram das próprias crianças, de seis a 12 anos, que formam o elenco do espetáculo. Elas são estudantes de teatro e fazem sua estreia com a peça. “Elas criaram personagem, como um gênio, e deram novos tipos de comportamento à madrasta e às suas outras filhas, que costumam ser más”, complementa Carolina. Cinderelas Domingo, às 19h e às 20h30. No Teatro Escola Macunaíma (av. Valdemar Ferreira, 204, Butantã, tel. (11) 3031-2858). 114 lugares. R$ 10. Livre.
Clássicas marchinhas de Carnaval, como “Cidade Maravilhosa”, “Jardineira”, “Aurora” e “Pierrot Apaixonado” —executadas ao vivo— , estão no repertório do musical “Apoteose”, que estreia neste domingo, no Espaço Cia. da Revista, na região central da cidade.
O espetáculo conta a história de um cantor jovem da década de 1940 que tem talento, mas não segue os padrões dos vozeirões da época, como Orlando Silva (1915-1978) e Vicente Celestino (1894-1968). Mesmo assim, ele consegue chegar ao estrelato quebrando alguns padrões. “O musical brinca com a estética do Teatro de Revista [gênero musical da época], com canções de compositores célebres daquele momento, como Noel Rosa [1910-1937] e Lamartine Babo [1904-1963], para falar sobre a quebra de padrões”, explica André Grecco, diretor do espetáculo.
Apesar de a história ser datada, a ideia da montagem é discutir temas atuais. “Falamos sobre a quebra de padrões estabelecidos hoje por meio de artistas que não se encaixam em um determinado modelo”, destaca Grecco. Outros personagem enriquecem o tema, como como uma aspirante a vedete e um ator negro, que interpreta um alemão.
O espetáculo pode ser atrativo para jovens e adultos. “Os temas são bastante atuais, mas o repertório é de clássicos conhecidos pelos mais velhos”, encerra. “Apoteose” Dom., às 20h; seg., às 21h. No Espaço Cia. da Revista (al. Nothmann, 1.135, (11) 37915200). R$ 40. 99 lugares. 12 anos.