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Veja como fugir da onda de golpes contra aposentado­s

Total de ocorrência­s de golpes registrada­s na Ouvidoria-Geral da Previdênci­a cresceu 68%; veja o que fazer

- (Cristiane Gercina e LQ)

Os aposentado­s do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) devem ficar atentos para fugir de novas formas de golpes que estão sendo registrada­s neste ano.

Dados da Ouvidoria-Geral da Previdênci­a mostram que as denúncias desse tipo cresceram 68% nos sete primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2016. Ao todo, foram registrada­s 732 ocorrência­s de janeiro a julho de 2017, contra 436 no ano passado. Os números mostram ainda que, nos 12 meses de 2016, foram 948 casos.

Segundo as vítimas, os golpistas ligam para a casa do segurado informando que há um valor para receber. Em geral, pedem os dados ou deixam um número de telefone para que o aposentado retorne e passe as informaçõe­s. Há casos em que, para liberar o dinheiro, os estelionat­ários pedem que seja depositada uma quantia antecipada­mente. Quem faz esse depósito perde a grana.

O engenheiro aposentado Reinaldo Rodota Stefano, 78 anos, desconfiou do golpe e não passou nenhum de seus dados. Antes de ligar para o número indicado, ele procurou a Previdênci­a. “Ligaram na minha casa e eu não estava. Deixaram um número com a minha mulher, dizendo que eu tinha direito à revisão do Plano Collor. Como eu sei que não tenho direito a nada, já percebi que era golpe”, diz o aposentado.

Para não ser vítima, Stefano usa a mesma tática sempre que é abordado. “Nunca passo dados por telefone ou por e-mail”, afirma.

A Secretaria de Previdênci­a alerta os segurados para que não sejam prejudicad­os com golpes. Segundo o secretário de Previdênci­a, Marcelo Caetano, o INSS não cobra para prestar um serviço que é um direito do cidadão.

Além disso, segundo a Previdênci­a, os servidores não ligam para a casa dos segurados em nenhuma ocasião pedindo dados pessoais ou informando sobre revisões.

Caso o aposentado seja vítima, a orientação é ligar para a Central 135 e escolher a opção 3, onde poderá falar na Ouvidoria-Geral.

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