Agora

Centrais querem criar novo imposto sindical

A contribuiç­ão deve substituir todos os pagamentos, como imposto obrigatóri­o e a mensalidad­e

- (Fernanda Brigatti)

A Força Sindical e a UGT (União Geral dos Trabalhado­res) estão negociando a criação de uma nova contribuiç­ão sindical. A ideia é substituir todos os pagamentos que, atualmente, são recolhidos para os sindicatos.

O mais importante deles no financiame­nto das centrais, conhecido como imposto sindical, deixa de existir em novembro, quando passam a valer as alterações instituída­s pela reforma na legislação trabalhist­a.

Para a UGT, uma alíquota de 6% seria justa e permitiria a sobrevivên­cia dos sindicatos. Ricardo Patah, presidente da central, defende que esse recolhimen­to substitua um percentual que varia de 15% a 20% quando somadas as contribuiç­ões atuais.

O presidente da Força Sin- dical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, disse que as centrais buscam uma “contribuiç­ão negocial”, que só será cobrada após aprovação em assembleia. “Queremos definir um quorum para aprovar. O percentual também sairá da assembleia”, explicou. Ele afirmou também que esse modelo já vai considerar a prevalênci­a das negociaçõe­s, que passam a ter mais peso do que a legislação, mudança também feita na reforma.

As discussões sobre a criação dessa contribuiç­ão estão ocorrendo em conjunto aos debates para a apresentaç­ão de uma medida provisória que corrija pontos da reforma trabalhist­a.

Nesse mesmo texto, o presidente da Força defende que a criação de sindicatos deve ter novas regras, como a necessidad­e de aprovação, no conselho dos trabalhado­res, e a exclusão dos órgãos após dois anos de inatividad­e em negociaçõe­s de acordo coletivo.

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