Polícia não vê relação entre facção e autor de atentado
Ao reivindicar ataque que matou quatro em Londres, Estado Islâmico chamou terrorista de soldado
A polícia do Reino Unido disse ontem não ter encontrado evidências de que Khalid Masood, extremista que atropelou uma multidão e esfaqueou um policial na semana passada na região do Parlamento britânico, em Londres, tivesse relações com a facção terrorista Estado Islâmico ou com a Al Qaeda.
O Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado e disse que Masood era um “soldado do califado”.
Segundo o comissário assistente Neil Basu, o agressor tinha um “claro interesse pela jihad” (guerra santa), mas não era “objeto de atenção” das autoridades de contraterrorismo. Masood foi morto pela polícia no ataque, no último dia 22.
Além do policial, o terrorista matou um turista dos EUA, uma professora britânica e um aposentado de 75 anos ao atropelar pedestres na ponte Westminster.
“Seu método de ataque parece ser baseado em baixa sofisticação, baixa tecnologia, técnicas de baixo custo copiadas de outros ataques, e ecoa a retórica de líderes do Estado Islâmico em termos de metodologia e de mirar policiais e civis, mas neste momento não tenho evidências de que ele discu- tiu [os planos de ataque] com outros”, disse Basu.
Masood, 52 anos, era um cidadão britânico e tinha condenações por agressões, porte ilegal de arma e crimes contra a ordem pública.
Ele se chamava Adrian Russell Ajao antes de se converter ao islã, segundo a polícia, em 2005.
A mãe de Masood, Janet Ajao, disse ontem que está “chocada, triste e abatida” pelas ações do filho.