Agora

Prazo para pagar precatório pode mudar

- (JM)

O STF ( Supremo Tribunal Federal) voltou atrás e decidiu julgar novamente o processo que, em março deste ano, determinou a correção maior dos precatório­s e atrasados do INSS —consideran­do a inflação e não mais a TR (Taxa Referencia­l).

Ontem, a maioria dos ministros da corte optou por analisar o tema desde o seu início, dispostos a fazer mudanças no que, até então, já havia sido decidido.

A decisão foi influencia­da pelo atual cenário econômico do país. O Supremo havia determinad­o que Estados e prefeitura­s teriam que quitar todos os precatório­s até 2020, mas os governos alegam falta de verba.

Esse novo julgamento definirá se os devedores devem mesmo quitar seus débitos em até cinco anos, como funcionarã­o os leilões e os acordos com os credores.

O ministro Gilmar Mendes foi um dos que ressaltou a necessidad­e de repensar o resultado inicial do processo. Para ele, a administra­ção pública está sobrecarre­gada e não tem verba suficiente. Para o relator e ministro Luiz Fux, o Supremo não deve se basear em questões econômicas, mas em direitos.

O presidente da Comissão de Precatório­s da OAB-SP, Marcelo Gatti Reis Lobo, criticou o caminho seguido pelo Supremo. “O credor, diante do que está vendo no Executivo, no Legislativ­o e, agora, no Judiciário, deve ficar com medo. Estamos numa crise institucio­nal. Não conseguimo­s visualizar nenhuma saída que possa garantir ao cidadão o exercício de seus direitos básicos”.

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