Pelo menos 10 foguetes lançados contra base norte-americana no Iraque
O ataque à base militar, que acolhe tropas da coligação lideradas pelos EUA, ocorreu dois dias antes da visita prevista do papa Francisco ao Iraque
Pelo menos 10 foguetes foram lançados contra uma base militar iraquiana no Iraque Ocidental que acolhe tropas da coligação lideradas pelos Estados Unidos, disse um porta-voz da coligação.
Não há, para já, informação de mortes ou feridos.
Os foguetes atingiram a base aérea de Ain al-Asad na província de Anbar às 07:20, disse o porta-voz da coligação, o coronel Wayne Marotto.
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“As forças de segurança iraquianas estão a liderar a investigação”, acrescentou o coronel.
Os militares iraquianos divulgaram um comunicado afirmando que o ataque não causou perdas significativas e que as forças de segurança tinham encontrado a plataforma de lançamento utilizada para os mísseis.
O ataque ocorreu dois dias antes da visita prevista do papa Francisco ao Iraque, numa viagem muito antecipada que incluirá Bagdade, o sul do Iraque e a cidade de Irbil, no norte do país.
Ataque aéreo dos EUA na Síria
Este foi primeiro incidente desde que os Estados Unidos atacaram alvos das milícias alinhadas com o Irão ao longo da fronteira IraqueSíria, na semana passada.
Na semana passada, os bombardeamentos contra edifícios alegadamenteusadospelasmilíciaspróiraquianas, segundo o Pentágono, foram “proporcionados” e tiveram caráter “defensivo”, após ataques com foguetes contra as bases e objetivos norte-americanos no Iraque.
Segundo o porta-voz do Pentágono, John Kirby, os bombardeamentos norte-americanos destruírammúltiplasinstalaçõessituadas num posto de controlo fronteiriço usado por vários grupos militantes apoiados pelo Irão, incluindo Kait’ib Hizbulá e Kait’ib Sayyid alShuhada.
Este foi o primeiro bombardeamento efetuado pelos EUA sob o mandato do novo Presidente, Joe Biden, e ocorreu depois de uma oferta formal para o regresso à mesa das negociações com o Irão para resgatar o acordo nuclear do qual o seu antecessor, Donald Trump, retirou os Estados Unidos há mais de três anos. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres, que tem uma ampla rede de colaboradores no terreno, neste ataque norte-americano morreram pelo menos 22 combatentes das milícias pró-iranianas.