CASA-CE solidária com antigos moradores das Salinas
A Convergência Ampla de Salvação de Angola leva hoje, Terça-feira, 12, duas toneladas de bens diversos, com destaque para os da cesta básica, para minimizar o problema de fome que apoquenta aquela comunidade. A iniciativa surge na sequência de uma visita realizada pelo grupo parlamentar daquela formação política ao desactivado Magistério Primário, onde os mais de 300 moradores se encontram alojados
Osecretário provincial da CASA-C, Zeferino Kuvíngua, refere que os dados em posse da agremiação política apontam para a existência de 17 crianças naquele recinto que estão a ser assoladas por fome, daí que a CASA, compadecida com tal cenário, tenha decidido mobilizar os seus militantes, de modo a procederem à doação de bens de primeira necessidade para minimiza o problema.
Kuvíngua está consciente de que os bens que o seu partido leva àquela comunidade é uma ‘gota no oceano’, a julgar pelas inúmeras dificuldades, mas considera ser necessário que se parta para acções desta natureza, a fim de que os moradores entre os quais crianças - sintam o conforto da sociedade.
‘É muito pouco, nós temos consciência, mas já é uma coisa para quem ficou uma noite sem comer’, considera.
O político lembra que a doação é consequência de uma visita efectuada pelo grupo parlamentar daquela formação política, tendo, na altura, os deputados manifestado insatisfação pelo quadro encontrado e, por conta disso, acharam necespara sário prestar assistência alimentar aos moradores.
‘Ficaram comovidos e solidariram-se com a população, mandando uma doação. Então nós, a nível de Benguela, acrescentamos e vamos lá levar’, disse.
Com o gesto, o correligionário de André Mendes de Carvalho espera dar exemplo à sociedade local, de modo a que outros segmentos se mobilizem para a mesma prática, porque, conforme disse, os moradores precisam de muitos apoios para a sobrevivência, pelo que insta a Administração de Benguela, na pessoa da sua titular, Adelta Matias, a resolver o problema de alojamento dos mais de 300 moradores.
‘Nós achamos que há mais que se fazer’, aconselha.
Refira-se que os antigos moradores se encontram na desactivada escola do Magistério Primário desde Junho de 2020, em consequência do desalojamento de que foram vítimas, fruto das demolições feitas pela Administração Municipal de Benguela. O processo que opõe aquele órgão do Estado aos moradores ainda corre trâmites na Sala do Cível e Administrativo do Tribunal da Comarca de Benguela.
A administração de Benguela tinha dado um prazo para os moradores abandonarem o espaço, mas estes ainda se encontram, com a alegação de não terem um outro lugar para onde ir.
Recorde-se que, no primeiro dia deste ano, um grupo de activistas tinha promovido um almoço de confraternização com aquela comunidade, visando conferir conforto às famílias.