Jornal de Angola

Condenada ex-colaborado­ra do Presidente do Madagáscar

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A antiga chefe de gabinete do Presidente do Madagáscar, Andry Rajoelina, foi, ontem, condenada pela justiça britânica a três anos e meio de prisão por corrupção, depois de ter exigido subornos a uma empresa mineira.

Romy Andrianari­soa foi detida em Agosto de 2023, em Londres, com um cidadão de nacionalid­ade francesa, descrito como seu “associado”, Philippe Tabuteau, na sequência de uma investigaç­ão da Agência Nacional do Crime do Reino Unido (NCA).

Andrianari­soa foi condenada por suborno em Fevereiro por um tribunal britânico por ter exigido subornos para a concessão de l i cenças mineiras ao grupo mineiro britânico Gemfields, que detém a Oriental Mining em Madagáscar desde 2008.

No ano passado, a NCA, ao ser avisada pela Gemfields desta situação, colocou um agente infiltrado nas reuniões, que gravou áudios das mesmas.

Ontem, após a condenação, a NCA tornou públicas as seis gravações de Romy Andrianari­soa em que se ouve a chefe de gabinete a negociar subornos e a gabarse da influência que tem sobre o seu “patrão”, o Presidente Rajoelina.

A agência britânica declarou, na altura, que eram “suspeitos de tentar solicitar” somas no valor de 260 mil euros “e uma participaç­ão de 5%” na exploração da mina. O j uiz explicou, ontem, que era impossível determinar o montante exacto em causa, mas disse que teria sido “substancia­l”.

Romy Andrianari­soa, que se tinha declarado inocente, desempenho­u um “papel de liderança” no caso e “abusou” de uma posição de “confiança e responsabi­lidade”, disse o juiz Christophe­r Butcher ao proferir a sentença.*

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