Jornal de Angola

Angola e parceiros engajados na segurança do Golfo da Guiné

Exercícios navais visam a troca de tácticas sobre o combate à pesca ilegal e pirataria marítima

- Mazarino da Cunha |

de Guerra Angolana (MGA) e as congéneres da República do Congo e RDC realizam, a partir de hoje até sábado, exercícios conjuntos enquadrado­s na 5ª Edição do Exercício Naval denominado “Grand African Nemo”.

As manobras navais, iniciadas a 4 do corrente mês e que encerram no próximo dia 19, decorrem em cinco zonas distintas da região do Golfo da Guiné, com o objectivo de dissuadir e combater actividade­s ilícitas realizadas no mar, bem como partilhar e melhorar informaçõe­s de interesse comum em vários domínios.

O evento militar foi tornado público, ontem, em Luanda, pelo porta-voz e capitão-de mar-e-guerra da MGA Sebastião Gregório, na conferênci­a de imprensa que visou esclarecer a importânci­a dos exercícios navais, onde integram unidades da República do Congo, da RDC e da Guiné Equatorial, que compreende o Centro Regional de Segurança Marítima da África Central (CRESMAC).

Relativame­nte à composição da equipa angolana, o capitão-de-mar-e-guerra esclareceu que está constituíd­a por 145 membros, sendo 65 efectivos da Marinha de Guerra e 80 ligados à Força Aérea Nacional, Polícia Nacional, Serviço de Migração e Estrangeir­os (SME), Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC), Polícia de Guarda Fronteira, Polícia Fiscal e Aduaneira e representa­ntes de Ministério­s com interesse no mar.

Os 145 membros da República de Angola, frisou Sebas

tião Gregório, estão a bordo do navio de patrulha da MGA d e n o minado “Nj i nga Mbandi” e contam com o

apoio de um helicópter­o da Força Aérea Nacional. De acordo com o capitão-demar-e-guerra, até amanhã,

as unidades militares vão poder desenvolve­r e trocar técnicas sobre o combate à pesca ilegal, pirataria marí

tima, tráfico de seres humanos, migração ilegal, contraband­o de combustíve­l e de outras actividade­s não declaradas, que podem causar danos económicos e ecológicos a nível dos paísesmemb­ros e não só.

No total, o “Grand African Nemo” vai juntar 18 Marinhas de Guerra, incluindo a de Angola, que fazem parte da região do Golfo da Guiné, que até ao dia 19 realizam em simultâneo exercícios militares ligados à segurança da região.

A realização do “Grand African Nemo”, referiu Sebastião Gregório, além de ser uma forma para dissuadir as más práticas no mar, visa, também, criar e partilhar um mecanismo de controlo a nível da comunicaçã­o marítima em águas sob jurisdição dos Estadosmem­bros do Golfo da Guiné.

Sebastião Gregório informou que a região do Golfo da Guiné está dividida em cinco zonas, nomeadamen­te a de Cabo Verde, Senegal, Gâmbia, Guiné-bissau e Guiné Conacri (G) e Serra Leoa, Libéria, Côte d’ivoire e Ghana, zona F.

O Togo, Benin e Nigéria estão enquadrado­s na zona E, enquanto Camarões, Gabão e São Tomé e Príncipe na D. Por fim, Angola, Congo Brazzavill­e, República Democrát i ca do Congo e a Guiné Equatorial estão na zona A. Em termos de países, recursos humanos e equipament­os, estão envolvidos nas manobras 18 Estados, 1.350 militares, 450 civis, 26 navios e quatro aeronaves.

Os treinos contam com a participaç­ão de seis parceiros do Atlântico Norte e Sul, nomeadamen­te os Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália, Espanha e a República Federativa do Brasil.

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Delegação angolana integra, entre outros, militares da MGA, da FAN e oficiais da Polícia Nacional
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Capitão-de-mar-e-guerra Sebastião Gregório
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| EDIÇÕES NOVEMBRO

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