Jornal de Angola

Sobe para 326 número de mortes pelo ciclone

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de mortos no Malawi em consequênc­ia da passagem do ciclone tropical Freddy, desde Domingo, subiu para 326, anunciou, ontem, o Departamen­to de Gestão de Catástrofe­s (DODMA).

E m c o municado, o DODMA refere que, desde quarta- f ei ra, há ai nda registo de 201 desapareci­dos e 774 pessoas sofreram vários ferimentos. O país iniciou, ontem, 14 dias de luto nacional em memória das vítimas.

Os novos números elevam o total de mortes causadas pelo Freddy na África Austral para mais de 400, depois de ter atingido repetidame­nte Moçambique e Madagáscar nas últimas semanas.

Cheias e deslizamen­tos de terras obrigaram cerca de 183 mil pessoas a abandonar as suas áreas de residência no Malawi, depois do Freddy ter atingido a região Sul do país, onde os distritos de Blantyre, Chikwawa, Chiradzulu, Machinga, Mulanje, Neno, Nsanje, Phalombe, Thyolo, Zomba e Mangochi foram os mais afectados.

Blantyre, capital económica do país e segunda cidade do Malawi, foi uma das zonas mais afectadas, ao registar 98 das vítimas mortais.

O Presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, visitou ontem o Hospital Central Queen Elizabeth, em Blantyre, onde saudou os feridos pelas cheias e deslizamen­tos de terra e elogiou os trabalhado­res da Saúde.

Freddy é já um dos ciclones de maior duração e trajectóri­a nas últimas décadas, tendo viajado mais de 10 mil quilómetro­s, desde que se formou ao largo do Norte da Austrália, a 4 de Fevereiro e atravessou todo o Oceano Índico até à África Austral.

O ciclone atingiu pela primeira vez a costa oriental de Madagáscar a 21 de Fevereiro e regressou à ilha a 5 de Março, onde deixou um rasto de 17 mortos e 300 mil pessoas a f ectadas. Em Moçambique, o ciclone, que teve o seu primeiro impacto a 24 de Fevereiro e voltou a tocar terra no final da semana passada, causou pelo menos 58 mortos.

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