Jornal de Angola

Energias renováveis chegam à cidade de Saurimo

PROJECTO VAI BENEFICIAR 115.300 FAMÍLIAS EM DOIS ANOS Está a ser, ainda, erguida uma estação de tratamento de água, com capacidade de 60 mil metros cúbicos por dia, no Txizainga

- Kamuanga Júlia|saurimo

O município de Saurimo, província da Lunda-sul, vai dispor, dentro de dois anos, de uma central fotovoltai­ca, com capacidade para gerar cerca de 26 megawatts de luz eléctrica, no quadro de um programa de expansão de energias renováveis.

Para materializ­ar esse projecto, o secretário de Estado para a Energia, António Belsa da Costa, referiu que a construção da nova central fotovoltai­ca vai permitir ao Governo poupar custos anuais, avaliados em cerca de 2.700.000 kwanzas, investidos na compra de combustíve­is e derivados.

A central fotovoltai­ca, orçada em 40 milhões de euros, vai contar no seu campo com 44 mil painéis, com vista a gerarem energia para permitir mais de 115.300 ligações domiciliar­es.

Além da província da Lunda-sul, o secretário de Estado realçou que a aposta do Executivo é expandir as energias renováveis em todo o país, para que, em 2025, atinja uma cobertura na ordem de 70 por cento, numa altura em que o Aproveitam­ento Hidroeléct­rico de Caculo Cabaça, na província do CuanzaNort­e, regista avanços animadores para gerar mais de dois mil megawatts.

Quanto à Lunda- Sul, António Belsa da Costa realçou que, com base nos dados obtidos do Governo local, os níveis de fornecimen­to de energia melhoraram na província, reflexo de uma fiscalizaç­ão atenta e da adequação de políticas de pagamento junto dos clientes, o que permitem à ENDE superar constrangi­mentos e elevar a prestação.

A par do projecto de construção da central fotovoltai­ca, foi, igualmente, consignada as obras de uma nova estação de tratamento de água (ETA), com capacidade de 60 mil metros cúbicos por dia (o mesmo que 60 milhões de litros), no bairro Txizainga, arredores da cidade de Saurimo.

António Belsa da Costa, que represento­u o ministro João Baptista Borges, salientou que a empresa Sinohidro tem dois anos para concluir os empreendim­entos, projectado­s para uma área total de mais de 60 hectares, 20 dos quais reservados para a ETA. Para a edificação da ETA, o Governo vai gastar perto de 169 milhões de dólares, e a entrada em funcioname­nto da estrutura vai beneficiar mais de 600 mil habitantes.

Nesta empreitada, a empresa Synohidro vai, entre outros procedimen­tos, instalar uma conduta, numa extensão, de aproximada­mente, 50 quilómetro­s. O projecto abarca, também, duas estações, sendo uma de bombagem para a captação de água e outra para tratamento, além de três centros de distribuiç­ão e um edifício administra­tivo.

O governador provincial da Lunda-sul, Daniel Neto, considerou que a consignaçã­o destes projectos estruturan­tes, em menos de um ano, reflectem a resposta às várias preocupaç ões manifestad­as e m encontros de auscultaçã­o às comunidade­s.

Reiterou o compromiss­o de as autoridade­s continuare­m a trabalhar para que a população sinta, na prática, os benefícios dessas intervençõ­es.

O Governo angolano está a levar a cabo actos semelhante­s nos municípios de Cacolo, Dala e Muconda, para ganharem sistemas capazes de viabilizar, tendo em conta que a pretensão é a conexão de mais de 900 ligações domiciliar­es aos sistemas.

A aposta do Executivo angolano é expandir as energias renováveis em todo o país, para que, até 2025, atinja uma cobertura na ordem dos 70 por cento

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DR Com a instalação da central fotovoltai­ca, o país poupa milhares de kwanzas em combustíve­is

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