Eleições e Democracia
Angola caminha a passos largos para as eleições gerais marcadas para 24 de Agosto. Será a quinta vez que os angolanos irão às urnas para elegerem o Presidente da República e os deputados à Assembleia Nacional, numa demonstração da consolidação do processo democrático no país.
Partidos políticos e coligações afinam as máquinas para concorrer num processo que se pretende livre, justo e transparente.
As primeiras eleições gerais em Angola realizaram-se em 1992, num contexto particularmente difícil, sob supervisão das Nações Unidas, tendo um dos concorrentes (a UNITA) rejeitado o resultado eleitoral, embora a comunidade internacional as tenha considerado livres, justas e transparentes.
A crise pós-eleitoral deixou marcas profundas, mas o país reergue-se e consolida a democracia ao mesmo tempo que lança as bases para o desenvolvimento económico. Novos actores emergem no cenário político e a sociedade civil fortalece-se cada vez mais.
Hoje, num contexto totalmente diferente, 12 partidos e coligações concorrem às eleições e pela primeira vez os angolanos residentes no exterior do país vão poder votar, tendo sido registados cerca de 18 mil cidadãos.
Obedecendo à Constituição, desde 2008 Angola não quebra o ciclo eleitoral de cinco em cinco anos e vai continuar a respeitar esta periodicidade. As eleições traduzem a vontade popular expressa nas urnas, onde os cidadãos devem escolher os seus dirigentes. Os angolanos já demonstraram que são capazes de viver na diferença de ideias, respeitando as opiniões de outros. É assim que se faz a democracia.
Os partidos políticos devem desempenhar um papel importante na mobilização dos eleitores para que o processo decorra com civismo.
Estas eleições serão, sem dúvidas, mais uma demonstração de que Angola está apostada na democracia, na paz e no progresso.