UNITA reafirma projecto de autonomia a Cabinda
O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, reafirmou, ontem, a intenção do partido conceder uma autonomia para a província de Cabinda, caso vença as Eleições Gerais de Agosto.
O líder da Galo Negro, que discursava durante um acto político de massas, no campo de futebol Chiweca, destacou que a intenção de se atribuir um “estatuto especial” a Cabinda, que poderá vir a desembocar depois numa “autonomia”, remonta desde os tempos do fundador do partido do “Galo Negro”.
Adalberto explicou que Savimbi sempre defendeu um tratamento especial para a província de Cabinda, baseado num diálogo que devia envolver todas as partes políticas. Acrescentou que a autonomia que a UNITA poderá conceder a Cabinda, “basear- se- á, acima de tudo, num diálogo muito abrangente e construtivo, que não irá excluir ninguém e que tenha conteúdo”. “Só assim se poderá trazer a paz a este espaço do território nacional”.
De acordo com líder do maior partido da oposição, “a vida da população de Cabinda, não pode continuar a ser dificultada por falta de entendimento entre os homens”, tendo considerado ser de extrema importância “o diálogo inclusivo, para
se dirimir esse conflito que dura há anos”.
O presidente da UNITA disse que o voto da população de Cabinda será fun
d a menta l p a r a q u e o partido possa vencer as eleições de Agosto próximo, e apelou às mulheres a afluírem às urnas, por serem uma franja da sociedade capaz de influenciar toda a família para o voto. “As mamãs têm muita força de mobilização. Quero pedir a todas, para a mobilização da família, amigos e da comunidade para o voto de Agosto”.
A UNITA, no âmbito do seu Programa de Governação, “tem várias iniciativas”. O seu líder reforçou que pretendem uma nova arrumação administrativa de vilas e aldeias, para descongestionar o fluxo da população nos centros urbanos, numa clara alusão à capital do país, Luanda, em que a UNITA, segundo Adalberto, irá atribuir um estatuto de “Região Administrativa e Metropolitana de Luanda”.
Este estatuto, referiu, tem a ver precisamente, por ser um local onde a maior parte da população é oriunda das aldeias, que se confinam na capital em busca de melhores condições de vida. “A nossa população, por falta de serviços públicos, boas escolas e emprego nas aldeias, foge para os municípios, e, depois, sobe para as capitais provinciais e afunilam o desenvolvimento”.