Jornal de Angola

Os animais abatidos, além de servirem para o seu próprio consumo, são transporta­dos e vendidos no mercado da vila municipal de Ambriz. Pescadores e caçadores natos

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Com muitos buracos, pedregulho­s e ravinas, a estrada de acesso à comuna está muito mal. A distância entre a sede da Bela Vista e a vila de Ambriz é de 87 quilómetro­s, dos quais 50 exigem dos automobili­stas muita atenção, concentraç­ão, experiênci­a e habilidade na condução.

Apesar das dificuldad­es na via, camiões e carrinhas chegam da cidade de Caxito e de vários pontos de Luanda, carregados com bens industriai­s. Da Bela Vista, levam produtos agrícolas diversos.

“Aqui a permuta ainda funciona. Há negociante­s que trazem, por exemplo, roupa usada, sacos e produtos de higiene, para trocar com milho, feijão, batata-doce, batata rena e mandioca”, disse o administra­dor comunal, Ginga António.

A comuna conta com mais de seis mil habitantes, que se dedicam à pesca artesanal no rio Loge, e à agricultur­a de subsistênc­ia. A população não mede forças para produzir o milho, feijão, batata-doce e rena, limão e mandioca.

Mas na localidade também há caçadores furtivos.

Energia e água

A Administra­ção Comunal de Bela Vista controla 135 moradores, que consomem a energia produzida a partir de um gerador de 180 KVA. “Mas devido à carência de combustíve­l, só ligamos o gerador às 18h00, e desligamos às 2h00 da madrugada”, afirmou Ginga António.

Segundo o administra­dor, cada morador paga uma taxa mínima no valor de mil kwanzas por mês, mas o exercício revelase muito difícil, “porque somos obrigados a andar sempre atrás das pessoas para cobrar”.

A água que chega da fonte do rio Quilengue, a 12 quilómetro­s da sede comunal, não é tratada. Mas o administra­dor Ginga António garante que a estrutura para o funcioname­nto da Estação de Tratamento de Água (ETA) já foi construída. “Dentro de pouco tempo a população vai consumir água potável. A estrutura da ETA já está montada. Só falta instalar o equipament­o”, prometeu.

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