Festa do jazz encerra hoje nos Açores
A 22ª edição do Festival Internacional de Jazz de Angra do Heroísmo (Angrajazz) encerra as portas hoje e gerou inúmeras expectativas entre melómanos e “Jazz lovers”das mais distintas proveniências, agora que o sucesso da vacinação e das medidas sanitárias se vem afirmando face à Covid 19.
O festival, apelidado de a “Ilha da improvisação nocturna”, foi marcado por um sabor especial, depois da paragem em 2020, imposta pela pandemia. Por este motivo, o crítico angolano de jazz Gerónimo Belo, o considerou um ponto essencial no regresso às actividades culturais e artísticas.
“O contexto musical e artístico, em muitas partes do mundo, começa a despertar novamente, o Jazz regressa aos Açores depois de um ano silenciado”, disse, acrescentando que o festival, aberto na última sexta-feira, teve como destaques a Orquestra Angrajazz, que fez um tributo especial ao compositor norte-americano Cole Porter, nomes incontornável do “American Song Book”.
A orquestra Angrajazz, co-dirigida pelos maestros e instrumentistas Pedro Moreira (sax tenor) e Klauss Nymark (trombone), teve como convidado especial o contrabaixista, compositor, arranjador e educador, Zé Eduardo, um instrumentista conceituado na Europa, com um currículo profissional de grande peso, natural da ex-moçâmedes, hoje Namibe, em Angola.
“Zé Eduardo é um elemento-chave do Jazz em Portugal das últimas décadas, responsável por toda uma geração de bons músicos de Jazz, tanto em Portugal como em Espanha, que foram seus alunos”, contou o crítico.
Outros destaques foram os instrumentistas germânicos Vincent Melssner Trio, o Jeffrey Davis Quinteto e a cantora norte-americana Trinelce Robinson, acompanhada pelo Don Brown Quartet.
Hoje, no último dia do festival, actuam, no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, o guitarrista Bill Frisell, que tocará em trio com Thomas Morgan (contrabaixo) e o baterista Rudy Royston, e a célebre multi-instrumentista israelita Ana Cohen.