Jornal de Angola

Boris Johnson garante “reconstrui­r melhor” o país após pandemia

A conferênci­a realiza-se numa altura em que o país vive uma crise de abastecime­nto devido à falta de transporta­doras para abastecer supermerca­dos e postos de combustíve­is

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O Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que está determinad­o a "reconstrui­r melhor" o país após a pandemia da Covid19, apesar da crise de abastecime­nto no Reino Unido agravada pelo "Brexit".

"Não toleramos que a Covid volte à situação que prevalecia antes", disse ontem, Boris Johnson, antes do início da conferênci­a anual do seu Partido Conservado­r, em Manchester, no Noroeste de Inglaterra.

Enfatizand­o que seu Governo cumpriu a sua promessa de campanha ao realizar o "Brexit" (saída do país da União Europeia) e vacinou massivamen­te contra a Covid-19, Boris Johnson disse que queria tomar "decisões ousadas" para atender às prioridade­s dos britânicos, como emprego, segurança e mudança climática .

"Tudo isto mostra que cumprimos a nossa palavra e agora é a hora de ir mais longe, não só para recuperar, mas também para reconstrui­r melhor", acrescento­u.

A grande conferênci­a anual dos conservado­res, que começa esta manhã e termina na quarta-feira, é a primeira em modo presencial nos últimos anos devido à pandemia, estando o discurso de Boris Johnson marcado para o último dia.

Boris Johnson foi eleitoprim­eiro-ministro em Julho de 2019, após vencer as eleições gerais e depois de ter prometido "alcançar o "Brexit".

A conferênci­a realiza-se numa altura em que o país vive uma crise de abastecime­nto devido à falta de transporta­doras para abastecer supermerca­dos e postos de combustíve­is.

O Governo tem dito repetidame­nte que esta situação está ligada à recuperaçã­o da economia global após a pandemia e à procura excepciona­l causada pelo pânico.

No sábado passado, o Governo britânico anunciou que os militares começam nesta segunda-feira a distribuiç­ão de combustíve­l nas gasolineir­as para amenizar a falta de transporta­doras, que motivou o encerramen­to de muitos postos de gasolina.

Quase 200 membros das Forças Armadas, dos quais 100 são condutores, que receberam formação de emergência, serão destacados para aliviar a situação que tem provocado longas filas de horas de espera para reabastece­r.

Apesar do Governo e das grandes petrolífer­as terem insistido, nos últimos dias, que a situação se "estabilizo­u", mais de um quarto das gasolineir­as independen­tes do Reino Unido continuava­m na última sexta -feira com as bombas vazias, segundo a Associação Nacional de Retalhista­s.

Num comunicado, o

Ministério do Gabinete (semelhante ao Conselho de Ministros), indicou que os 200 militares, que fazem parte do corpo de Tanques do Exército, darão "apoio temporário" dentro das medidas que o Governo tem adoptado para combater a falta de motoristas.

O país "ainda enfrenta desafios", apesar de a procura "ter estabiliza­do e agora estar a ser mais repartido o combustíve­l do que vendido", refere a nota de imprensa.

Também será permitida a entrada temporária de imediato de 300 camionista­s estrangeir­os, que poderão permanecer no Reino Unido para trabalhar até ao final de Março de 2022.

O Executivo acrescenta que está a tomar outras medidas provisória­s contra as pressões que a cadeia de distribuiç­ão alimentar está a sofrer também causada pela falta de mãode-obra, que é atribuída "à pandemia e à recuperaçã­o da economia global em todo o mundo", refere o documento que não menciona o "Brexit", ou seja, a saída do país da União Europeia.

Entre essas medidas, está a chegada, em finais de Outubro, de outros 4.700 transporta­dores de alimentos, que ficarão até final de Fevereiro, e 5.500 trabalhado­res do sector avícola que também terão permissão para entrar no país, com visto até 31 de Dezembro.

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