“Nome `Luanda´ precisa de ser melhor clarificado”
da República defendeu, ontem, em Luanda, que a forma como se escreve o nome da capital do país “precisa de ser trabalhado e melhor clarificado”.
Bornito de Sousa, que falava num seminário sobre “Toponímia, princípios e directrizes, referência de memória no desenvolvimento urbano”, disse “estar ansioso em saber a origem e o significado da denominação da cidade de Luanda”.
“Tenho visto Luanda escrito de várias formas. Inicialmente, era `Loanda´, depois passou para `São Paulo de Assunção de Loanda´. Lanço o desafio de ver esclarecida esta questão”, disse.
O Vice-presidente da República explicou que a primeira regra da Lei da Toponímia determina que “as localidades que já vêm do tempo colonial mantêm a grafia latina” e citou como exemplos as províncias do Cuanza-norte, Cuanza-sul, Cunene e Cabinda. “A segunda regra é que quem quer dar um novo nome, sobretudo em línguas nacionais africanas e estrangeiras, deve consultar o Instituto de Língua Nacionais ou uma Instituição Académica para dar a denominação correcta”, esclareceu.
Neste sentido, Bornito de Sousa defendeu o envolvimento do Ministério da Educação no estudo sobre a Toponímia, história dos nomes e denominações toponímicas do país.
“É importante interagir com o Ministério da Educação, que está a fazer um trabalho interessante sobre a questão da toponímia”, disse, acrescentando que a criação de endereços “é um problema complexo não só de Angola, mas de várias partes do mundo.”
“Mesmo os Estados Unidos da América, que é um dos países mais desenvolvidos do mundo, tem esses problemas de endereços”, indicou.