Mercado anima-se
de produção foram decaindo de 23, 20, 19 e, agora, para 17 mil”, sublinhou Hélder Carlos, emendando, contudo, que a quantidade de diamantes recuperados tem sido compensada pelo preço. “O mercado está em alta e os preços têm sido bons e isso é compensador”, reconheceu, satisfeito, o líder da Cuango, indicando que a empresa teve uma facturação mensal de cerca de 12 milhões de dólares, só com os 23 mil quilates em Fevereiro.
Mas, mais conservador, Hélder Carlos faz contas e diz que a manter-se a produção à volta dos 20 mil quilates por mês e com a actual alta de preços dos diamantes, os lucros da companhia podem chegar aos cerca de 10 milhões de dólares por mês.
Considerou como um “bocado alta” a estrutura de custos da companhia, indicando que grande parte está concentrada nos indicadores laborais, com a remuneração a representar cerca de 81 por cento.
“Sob o ponto de vista financeiro, os custos com a força de trabalho, em regra, devem andar à volta dos 21 a 23 por cento, mas temos que concordar que há um conjunto de benefícios para os trabalhadores, incluindo com a mobilidade dos expatriados, que fazem viagens bastante longas”, referiu Hélder Carlos, que já liderou o poderoso pelouro do planeamento estratégico, administração e finanças, no Conselho de Administração da Endiama.
Disse que, pelos estudos de prospecção feitos até agora, a mina do Cuango pode continuar a laborar por mais 10 anos e confirmou a ambição da empresa, em situar-se entre os três principais produtores de diamantes aluvionares de Angola, em linha com o objectivo da Endiama em alcançar a lideranca africana e, talvez, mundial na produção de diamantes.