Jornal de Angola

UA considera credíveis as eleições na Etiópia

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A missão de observação enviada pela União Africana às eleições na Etiópia na segunda-feira concluiu que a votação foi geralmente “ordeira, pacífica e credível”, apesar dos grandes desafios operaciona­is, de segurança, políticos e de saúde.

“Não houve nada, a nosso ver, que perturbass­e a realização de eleições credíveis. A missão felicita, portanto, todos os etíopes por demonstrar­em empenho no desenvolvi­mento democrátic­o do país”, afirmou a missão da União Africana num relatório preliminar divulgado ao fim do dia de quarta-feira.

A Etiópia realizou eleições gerais e regionais na segundafei­ra, tendo este sido o primeiro teste eleitoral a que o Primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, se submeteu desde que chegou ao poder em 2018, e o seu cargo deve, agora, ser validado democratic­amente, caso o Parlamento federal eleito o venha a nomear, como é esperado.

A votação teve lugar sob a sombra do conflito no estado do Tigray, contra o qual o Governo federal tem mantido uma ofensiva armada desde o início de Novembro, mas também sob a violência inter-étnica noutras partes da Etiópia.

A pandemia da Covid-19 e os desafios logísticos também colocaram grandes desafios à condução normal da votação, que teve de ser adiada duas vezes.

A União Europeia cancelou a missão às eleições em Maio passado por considerar que as “condições necessária­s” não tinham sido preenchida­s e por não ter chegado a acordo com as autoridade­s etíopes sobre o seu destacamen­to.

Em contraste, o Centro Carter, uma organizaçã­o sem fins lucrativos fundada em 1982 pelo antigo Presidente dos EUA Jimmy Carter, enviou uma missão de observação ao país do Corno de África.

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DR A votação colocou à prova o Governo do actual Primeiro-ministro

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