Angola prevê televisão digital até 2023
Angola pode ter, até 2023, concluída a migração do sistema analógico de televisão para o digital. A informação foi avançada, ontem, pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem. O governantefalava durante a assinatura de um acordo técnico com o Japão, para a criação de condições para a implementação do projecto em todo o país.
Angola pode ter, até 2023, concluída a migração do sistema analógico de televisão para o digital. A informação foi avançada nesta sextafeira pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, durante a assinatura de um acordo técnico para a criação de condições para implementação do projecto em todo o país, na presença do embaixador do Japão em Angola, Jiro Maruhashi.
Manuel Homem considerou o acordo técnico uma acção de extrema importância, pois há muitos anos que Angola vem trabalhando para alcançar esse marco. “Temos vindo a trabalhar para materializar esta iniciativa que, em primeira instância, levounos à adopção da norma de televisão digital terrestre.
Assim, a partir de 2023, será possível, do seu aparelho, o utilizador receber e assistir aos canais televisivos em sinal aberto, no âmbito do Plano Director de Migração Digital Terrestre (TDT), sob a égide do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.
Equipas técnicas de Angola e do Japão trabalham para concretizar, de forma prática, o interesse para a implementação do projecto de televisão digital terrestre, através de um projecto-piloto a funcionar em Luanda e, depois, na província de Malanje.
O ministro assegurou que, da parte angolana, todo empenho está ser feito para a materialização do projecto, sendo que o acordo assinado ontem representa o esforço dos japoneses para a implementação. A acção, segundo o ministro, está dentro do cronograma estabelecido, para que, até 2023, se efective a migração digital no país.
Manuel Homem avançou que, a migração da televisão não se resume apenas a ganhos no processo do serviço de modernização de televisão gratuita às populações, mas também transformar e assegurar que o país acompanhe o desenvolvimento tecnológico na era da digitalização. “Com o sistema de televisão digital terrestre, o país vai ter mais acessibilidade de transmissão de conteúdos, aproximação de outros serviços aos cidadãos com canais dedicados a serviços específicos, como programas de ensino à distância, telemedicina, meteorologia e outros”, explicou.
O director nacional das Telecomunicações, Tecnologias de Informação, Matias Borges, garantiu que os canais 1 e 2 da TPA, de acordo com o ministro, já emitem, em fase experimental, através do Sistema Integrado de Transmissão Digital Terrestre (ISBD-T), devendo o projecto de migração digital ser extensivo a outros canais existentes no país.
Para o embaixador do Japão o projecto de digitalização mostra, mais uma vez, as relações de amizade de longa data entre os dois países. Jiro Maruhashi referiu que o Japão encara o desenvolvimento de migração digital terrestre muito importante para o desenvolvimento das infra-estruturas económica, sociais e política de Angola.
O país funciona com sistema televisivo analógico. Por orientação da União Internacional das Telecomunicações todos os países são obrigados a migrar a sua tecnologia analógica para digital.