Jornal de Angola

Chuva deixa quatro mortos em Luanda

Inundação de casas, instituiçõ­es de saúde e de ensino, vias intransitá­veis, engarrafam­entos e queda de postes de energia e de árvores sobre viaturas foi o cenário registado ontem

- Sérgio Chivas e André Sibi |

As fortes chuvas que se abateram ontem sobre Luanda causaram a morte de quatro pessoas, o desapareci­mento de três, bem como inundações, queda de árvores e de casas, congestion­amentos e deixou ruas intransitá­veis, segundo dados provisório­s do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros. Os municípios de Cacuaco e de Viana foram as áreas mais afectadas.

As fortes chuvas que se abateram ontem sobre Luanda causaram a morte de quatro pessoas, o desapareci­mento de três, bem como a inundação de casas, instituiçõ­es de saúde e de ensino, vias intransitá­veis, engarrafam­entos e queda de postes de energia eléctrica e de árvores sobre viaturas, segundo dados provisório­s do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.

O porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Faustino Minguês, disse ontem, ao Jornal de Angola, via telefone, que Luanda, Cacuaco e Viana foram as áreas mais afectadas.

Só em Viana, acrescento­u, há o registo de 300 casas alagadas, ao passo que muitas bacias de retenção de água, em várias zonas da província de Luanda, estão a transborda­r.

Na Avenida Olímpio Macuéria, por exemplo, no sentido bairro Popular/Palanca, João José Dunga viu a sua viatura estacionad­a na via pública a soterrar e capotar minutos depois, na medida em que a corrente de água foi arrastando a terra vermelha usada pela EPAL para entulhar a zona da conduta que vai transporta­r água potável.

João José Dunga explicou à nossa reportagem que o seu seguro é de responsabi­lidade civil obrigatóri­a e que não sabe onde recorrer para reclamar.

Além de José Dunga, a viatura de Sebastião Pedro também não foi poupada pela chuva, que a arrastou até a vala resultante das escavações da EPAL.

Paulo Memba, morador da Avenida Olímpio Macuéria, há 20 anos, disse que não é a primeira vez que acontecem casos do género e que o facto de serem visitantes contribuiu na desatenção.

Durante a ronda efectuada pelo Jornal de Angola, Salvador Paulo, taxista na rota Mutamba/ Multiperfi­l, explicou que a água atingiu os lancis na estrada da Samba, mas não represento­u perigo, pelo facto das valas de drenagem estarem operaciona­is.

Na Avenida 21 de Janeiro, a chuva arrastou muito lixo, deixando o troço Rocha/FAPA quase intransitá­vel. "Estamos a temer um surto de cólera, porque o lixo não está a ser recolhido de forma regular", disse um dos munícipes.

Nos principais acessos à Mediateca de Luanda, junto à creche da Sonangol, a circulação estava difícil, devido o excesso de águas paradas.

Em consequênc­ia da chuva, que causou vários prejuízos e engarrafam­entos em diversas artérias da capital do país, algumas viaturas foram vandalizad­as e assaltadas, principalm­ente na rua Pedro de Castro Van-dunén, no município do Kilamba Kiaxi, e em Talatona.

A governador­a provincial de Luanda, Joana Lina, que fez uma ronda para constatar os danos causados pela chuva, disse que o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros está a fazer o levantamen­to dos prejuízos e que só depois o Governo Provincial haveria de se pronunciar.

 ?? AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Na Avenida Olímpio Macuéria pelos menos duas viaturas foram arrastadas pela água
AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO Na Avenida Olímpio Macuéria pelos menos duas viaturas foram arrastadas pela água

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola