Terceiro caso de ébola registado em cinco dias
Cobrança exorbitante
Há reclamações de estudantes inscritos no 1º Ano do Curso de Medicina da Universidade Privada de Angola (UPRA), sobre uma “subida abusiva” do valor das propinas. Dizem os estudantes que, na altura da inscrição, a propina mensal estava fixada em 48 mil Kwanzas. Agora, no arranque das aulas, o valor “voou” para 175 mil. Aflitos, os estudantes acusam a direcção da instituição de utilizar a velha táctica de mudar as regras a meio do jogo. Entretanto, em declarações à Rádio Nacional de Angola, o reitor da Universidade rejeita, categoricamente, chamar à medida “aumento de preço das propinas”. Ainda sem saber que nome dar a esta decisão de colocar o preço três vezes e meia mais caro que o estabelecido inicialmente, Carlos Alberto Pinto de Sousa admite que não é sua competência aumentar o valor das cobranças, mas do Ministério das Finanças. Assume que a mensalidade saiu de 48 mil para 175 mil, em função da conjuntura e de um entendimento com os alunos, que estes desconhecem. A verdade é que as cobranças, confirmadamente, persistem e os lesados admitem mesmo fazer uma queixa-crime à PGR.
Os casos confirmados do novo surto de ébola, detectados no Nordeste da República Democrática do Congo (RDC), subiram para três, divulgou, ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A infecção foi detectada na área de Katwa, perto da cidade de Butembo, na província congolesa de Kivu do Norte, estando a OMS "a trabalhar com os seus parceiros para fornecer rapidamente suprimentos médicos essenciais em apoio à resposta do Ministério da Saúde da RDC em Kivu do Norte", informou a OMS de África via Twitter, citada pela agência espanhola EFE.
Ao todo, há três casos de ébola no país, desde que, em 7 de Fevereiro, o Governo da RDC anunciou que uma pessoa morrera quatro dias antes, em Butembo, depois de testar positivo ao ébola. O segundo contágio foi de uma pessoa que esteve em contacto com o primeiro caso, e que também faleceu, segundo explicaram as autoridades sanitárias congolesas na quinta-feira.
Os novos casos de ébola em Kivu do Norte ocorreram apenas cerca de três meses depois de a RDC ter anunciado, em 18 de Novembro, o fim do décimo primeiro surto da doença da sua história, na província ocidental do Equador, que provocou a morte de 55 pessoas e infectou outros 130, segundo dados oficiais.
Poucos meses antes, as autoridades congolesas tinham declarado o fim daquela que foi a décima epidemia, que provocou 2.280 mortes. A doença do ébola é transmitida pelo contacto directo com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, causa febre hemorrágica e pode atingir uma taxa de mortalidade de 90 por cento.