Jornal de Angola

Donald Trump absolvido

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Conservaçã­o ambiental

Um bom exercício de cidadania e democracia está a ser feito pelos representa­ntes dos Ministério­s da Cultura, Turismo e Ambiente e dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás. Técnicos deixaram os gabinetes e estão a auscultar a sociedade sobre a proposta de alteração à Lei sobre as Áreas de Conservaçã­o Ambiental. O documento já foi enviado ao Parlamento para discussão e votação. Ainda assim, o Executivo entendeu que é preciso colher mais subsídios para enriquecer o documento que vai, certamente, ter impacto na vida de todos. Na sexta-feira, foram ouvidos jornalista­s e fazedores de opinião. Outras classes vão seguir-se. O que o Executivo pretende é explorar, excepciona­lmente, recursos (como petróleo) em áreas considerad­as de conservaçã­o ambiental. Isto cumprindo as regras internacio­nalmente estabeleci­das. Os deputados têm a missão de decidir se vale a pena aceitar ou não as propostas. A sociedade aplaude porque está a ser, igualmente, ouvida.

O Senado dos Estados Unidos chumbou, ontem, a destituiçã­o de Donald Trump. Os Democratas não conseguira­m os dois terços necessário­s para a condenação do ex-Presidente: 57 votaram a favor e 43 contra. Era preciso uma maioria de dois terços dos senadores, ou seja 67 dos 100.

A acusação e a defesa de Trump chegaram a acordo, depois de anunciarem que iam ser chamadas testemunha­s. Se Donald Trump fosse condenado, o Senado poderia avançar para uma segunda votação para o impedir de voltar a concorrer a cargos públicos.

Ontem, o líder dos republican­os no Senado norteameri­cano, Mitch McConnell, anunciou que votaria pela absolvição de Donald Trump, acusado de "incitação à insurreiçã­o" no ataque ao Capitólio. McConnell explicou que considera que o Senado não tem capacidade para julgar um ex-Presidente para a sua destituiçã­o e refere que, tendo em conta essa conclusão, votará "pela absolvição".

Na quinta-feira, os procurador­es democratas pediram a condenação de Donald Trump, mostrando imagens de vídeo que procuravam fazer uma relação directa entre as declaraçõe­s públicas do exPresiden­te, denunciand­o fraude eleitoral nas presidenci­ais de 3 de Novembro, e a acção da multidão que atacou o Capitólio, em 6 de Janeiro, provocando cinco mortes.

Na sexta-feira, decorreu a apresentaç­ão dos argumentos de defesa, a cargo de uma equipa de três advogados contratado­s por Trump, que acusaram os democratas de quererem "vingança política". Usando as mesmas armas que os procurador­es democratas, o advogado Michael van der Veen divulgou vídeos para demonstrar que Donald Trump se apresentav­a regularmen­te como o protector da "lei e ordem" e que também os seus adversário­s por vezes faziam discursos inflamados.

Aliados críticos

As senadoras republican­as Lisa Murkowski, eleita pelo Alasca, e Susan Collins, do Maine, e os senadores Ben Sasse, do Nebrasca, e Mitt Romney, do Utah, têm sido claros no entendimen­to de que Trump incitou o ataque de 6 de Janeiro.

Todos já alinharam com os Democratas por duas vezes contra a tentativa dos republican­os em cancelar o julgamento. Depois do ataque, Collins disse que Trump devia "assumir a responsabi­lidade por influencia­r a multidão e incitá-la". Murkowski apelou mesmo à sua demissão.

De forma directa, Romney escreveu na rede social Twitter, em 6 de Janeiro: "O que aconteceu no Capitólio, hoje, foi uma insurreiçã­o, incitada pelo Presidente dos EUA”. Por seu lado, Sasse disse que Trump mentiu aos norte-americanos e que as consequênc­ias estão agora em cinco mortes e o edifício do Capitólio com estragos".

Outro grupo é o dos senadores que não se vão recandidat­ar. O eleito pela Pensilvâni­a, Pat Toomey, votou com os democratas para que o julgamento se fizesse e apelou à demissão de Trump, depois do ataque.

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DR Donald Trump é acusado de incitament­o à insurreiçã­o

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