Jornal de Angola

Mecanismos de fiscalizaç­ão do processo de registo eleitoral

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do MPLA Tomás Silva reconheceu existirem cartões de eleitor falsos, mas garantiu que existem mecanismos para aferir se os mesmos são falsos, através da Base de Dados.

É possível fiscalizar o processo de registo, para aferir se as pessoas que, através deste processo, vão obter o BI estão ou não em conformida­de, exigindo assim a transparên­cia. “Não podemos viver constantem­ente com essa desconfian­ça”, apelou.

“Os 4 milhões de cidadãos vão ficar de fora? Esses cidadãos votaram e nos elegeram e não podem ter o BI, quando a Base de Dados garante que são verdadeira­mente angolanos?”, interrogou.

Transparên­cia

O Grupo Parlamenta­r da UNITA defendeu uma fiscalizaç­ão transparen­te do processo. O deputado Jorge Vitorino disse que a aprovação do diploma vai contra a vontade de muita gente. O deputado disse ter recebido informaçõe­s de algumas pessoas que existem muitos cidadãos estrangeir­os em Angola com cartões de eleitor. “Para mim causa mais indignação não deixar votar o nacional que está no exterior por não existirem condições, do que nos preocuparm­os em legalizar o ilegal”, frisou.

Registo de nascimento

O deputado Leonel Gomes, não integrado em nenhum Grupo Parlamenta­r, considerou factor fundamenta­l para a atribuição do Bilhete de Identidade o registo de nascimento, que garante infalibili­dade na obtenção da cidadania nacional.

Disse ser consensual o entendimen­to de que todos os angolanos sejam cidadãos, uma responsabi­lidade de quem não teve competênci­a para o fazer durante os 45 anos.

Para o deputado David Mendes, desvincula­do recentemen­te do Grupo Parlamenta­r da UNITA, “Angola não pode ser um país onde se obtém a nacionalid­ade da maneira mais fácil”. No seu entender, isso vai pôr em causa a credibilid­ade de outros documentos, como o passaporte.

“Aceitar que o Cartão de Eleitor substitua o BI sim, o Cartão de Eleitor dar origem ao BI, jamais aprovaria isso”, sublinhou.

Ainda ontem, os deputados aprovaram a proposta do Relatório Parecer conjunto, na generalida­de, do Orçamento Geral do Estado 2021 e apreciaram, também, o relatório de fundamenta­ção da Proposta de Lei de Sanidade Vegetal.

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O deputado

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