Cruzada contra o crime
bairros da cidade de Nova York estivessem sujeitos à forte influência da máfia, policiais e políticos facilmente corrompíveis também foram recrutados para ajudar a proteger os interesses dos gangsters.
Mas nem todos os funcionários públicos puderam ser comprados. Duas vezes candidato presidencial republicano, Thomas Dewey, nascido em Michigan, fez a sua reputação como promotor especial encarregado de desmontar o controlo do crime organizado sobre a cidade. À frente de uma grande equipa de investigadores, Dewey tinha os chefes da máfia sob a mira.
Dutch Schultz, o mafioso que não havia feito parte do conselho do Sindicato do Crime, foi um dos primeiros a ser visado por Dewey. A sua primeira condenação por sonegação de impostos foi revertida em segundo julgamento - realizado fora da cidade, após a reclamação de Schultz de que não teria um julgamento justo.
Schultz, no entanto, recusouse a permitir que as coisas se acalmassem. Seria uma decisão imprudente. Aplicando os valores e práticas do submundo às suas relações com a Justiça, jurou que Dewey seria assassinado como punição por tê-lo processado. O pronunciamento não caiu bem no Sindicato, que considerava não valer a pena causar indignação da sociedade com a execução de um funcionário público de alto escalão, já que isso geraria uma repressão ainda mais forte às actividades do crime organizado. Schultz e três dos seus homens foram então assassinados com uma saraivada de balas no banheiro de um restaurante de Nova Jersey, em Outubro de 1935.
Com Schultz morto, Buchalter estava agora na mira de Dewey. O mafioso escolheu vingar-se primeiro, eliminando qualquer um que pudesse fazer uma delação a Dewey e colocar em risco o seu império. Foi essa decisão que atingiu “Whitey” Rudnick (ver texto de abertura), que teria sido visto na companhia de um investigador federal. Outra vítima foi Joseph Rosen, um empresário de caminhões