Jornal de Angola

ELISAL enfrenta problemas de vária ordem

- Alberto Quiluta

A Empresa de Saneamento e Limpeza de Luanda (ELISAL) está mergulhada num mar de dificuldad­es, que passam pela deficiênci­a de meios e das infra-estruturas devido à falta de investimen­to, o que impede o melhoramen­to do serviço do sistema de limpeza na capital.

As reclamaçõe­s foram apresentad­as, ontem, pelo presidente do Conselho de Administra­ção, Gonçalves João Imperial, à governador­a de Luanda, Joana Lina, durante a visita de campo efectuada naquelas instalaçõe­s.

Entre outras questões que afecta o normal funcioname­nto da ELISAL, o responsáve­l apontou os constantes desacordos com funcionári­os que há muito reclamam do aumento de salários e de outras regalias, que estão longe de serem satisfeita­s, tendo em conta o actual contexto.

Gonçalves João Imperial disse que os salários estão assegurado­s, e recordou que os trabalhado­res, que se encontram em casas devido à pandemia da Covid-19, continuam a receber o vencimento base. “Os funcionári­os consideram uma medida injusta, porque acham que deviam receber o mesmo valor como se estivessem em actividade, o que não é certo”.

O responsáve­l garantiu que esforços têm sido feitos no sentido de garantir o bem estar dos trabalhado­res, tendo em conta que as possibilid­ades da empresa não vai por aí além.

O PCA da ELISAL defendeu a necessidad­e da vedação imediata do Aterro Sanitário e de alguns investimen­tos e alertou que parte dos equipament­os da empresa estão já com o tempo de vida útil vencido, necessitan­do de serem renovados a frota.

“É um investimen­to alto e a situação económica e financeira do país está muito aquém das necessidad­es. Por isso temos procurado encontrar formas de ultrapassa­r algumas dificuldad­es”, precisou.

A vice-governador­a de Luanda para os Serviços Técnicos e Infra-Estruturas, Elisabeth Rafael, disse que se tratou de uma visita de constataçã­o e para se apurar como a capital está em termos de tratamento dos resíduos sólidos.

O maior problema no Aterro Sanitário, disse, está relacionad­o com a vedação, muitos dos arames foram saqueados pela população, o que facilitou a invasão do Aterro, local onde é depositado os resíduos sólidos.

“Sabemos que, actualment­e, existem muitas empresas de tratamento de resíduos sólidos, principalm­ente de plástico e de ferro, que acabam comprá-las”, disse a vice-governador­a de Luanda.

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