ELISAL enfrenta problemas de vária ordem
A Empresa de Saneamento e Limpeza de Luanda (ELISAL) está mergulhada num mar de dificuldades, que passam pela deficiência de meios e das infra-estruturas devido à falta de investimento, o que impede o melhoramento do serviço do sistema de limpeza na capital.
As reclamações foram apresentadas, ontem, pelo presidente do Conselho de Administração, Gonçalves João Imperial, à governadora de Luanda, Joana Lina, durante a visita de campo efectuada naquelas instalações.
Entre outras questões que afecta o normal funcionamento da ELISAL, o responsável apontou os constantes desacordos com funcionários que há muito reclamam do aumento de salários e de outras regalias, que estão longe de serem satisfeitas, tendo em conta o actual contexto.
Gonçalves João Imperial disse que os salários estão assegurados, e recordou que os trabalhadores, que se encontram em casas devido à pandemia da Covid-19, continuam a receber o vencimento base. “Os funcionários consideram uma medida injusta, porque acham que deviam receber o mesmo valor como se estivessem em actividade, o que não é certo”.
O responsável garantiu que esforços têm sido feitos no sentido de garantir o bem estar dos trabalhadores, tendo em conta que as possibilidades da empresa não vai por aí além.
O PCA da ELISAL defendeu a necessidade da vedação imediata do Aterro Sanitário e de alguns investimentos e alertou que parte dos equipamentos da empresa estão já com o tempo de vida útil vencido, necessitando de serem renovados a frota.
“É um investimento alto e a situação económica e financeira do país está muito aquém das necessidades. Por isso temos procurado encontrar formas de ultrapassar algumas dificuldades”, precisou.
A vice-governadora de Luanda para os Serviços Técnicos e Infra-Estruturas, Elisabeth Rafael, disse que se tratou de uma visita de constatação e para se apurar como a capital está em termos de tratamento dos resíduos sólidos.
O maior problema no Aterro Sanitário, disse, está relacionado com a vedação, muitos dos arames foram saqueados pela população, o que facilitou a invasão do Aterro, local onde é depositado os resíduos sólidos.
“Sabemos que, actualmente, existem muitas empresas de tratamento de resíduos sólidos, principalmente de plástico e de ferro, que acabam comprá-las”, disse a vice-governadora de Luanda.