Manifestações de alegria nos mercados de Luanda
No distrito urbano do Hoji-ya-Henda, o mercado dos Kwanzas abriu com poucos vendedores. Nas duas entradas foi notável a colocação de baldes com água e sabão e, no interior, alguns vendedores mantinham o distanciamento entre as bancadas de venda
Face às manifestações de alegria nos mercados de Luanda, na sequência do alargamento das vendas semanais de três para cinco dias, com algumas pessoas a descurarem as medidas de segurança sanitária, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, foi ontem ao Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM) para reafirmar que é obrigatório usar máscara facial na via pública, em locais fechados, mercados e em transportes colectivos e privados de passageiros. Também é preciso respeitar o distanciamento fisíco para combater a propagação da Covid-19.
A satisfação pelo alargamento dos dias de venda esteve ontem visível no rosto dos comerciantes nos mercados e praças percorridos pela reportagem do Jornal de Angola.
No distrito urbano do Hojiya-Henda, o mercado dos Kwanzas abriu com poucos vendedores. Nas duas entradas foi notável a colocação de baldes com água e sabão e, no interior, alguns vendedores mantinham o distanciamento entre as bancadas de venda enquanto uns poucos tenham, demonstrado, ainda, algum desrespeito e ignorância pelas medidas de biossegurança agora em vigor.
O Jornal de Angola constatou, por exemplo, momentos em que vários vendedores baixavam as máscaras, ajustando-as queixo abaixo para conversas entre si e compradores.
A coordenadora do mercado, Umbolina Querinda, sempre atenta aos movimentos naquele recinto, garantiu que continuarão a ser feitas sensibilizações para o cumprimento das regras de distanciamento social dentro do mercado, entre vendedores e compradores. A responsável disse que, todos os dias é feita a limpeza do mercado de manhã, antes de abrir, e depois do encerramento.
Quanto à desinfestação do local, Umbolina Querinda explicou que é feita à segundafeira, com a ajuda da Administração Distrital do Hoji-ya-Henda, que disponibiliza um carro de fumigação.
Maior confusão foi vista na parte exterior do mercado. A venda desordenada de artigos diversos era notável nas paredes, chão e passeios, largos e triângulos daquela zona do Cazenga.
Com máscaras abaixo da boca, muitos vendedores, de pé, sentados, abraçados, encostados, conversavam alegremente. Na rua Porto Moniz, Cazenga, muitas pessoas permaneciam juntas. Pela multidão de pessoas e constantes desrespeitos às normas de biossegurança contra a pandemia parecia que nada mudou.
Com máscaras abaixo da boca, muitos vendedores, de pé, sentados, abraçados, encostados, conversavam alegremente. Na rua Porto Moniz, Cazenga, muitas pessoas permaneciam juntas