Jornal de Angola

“Desorganiz­ação é causa dos desaires do futebol”

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do futebol angolano está na organizaçã­o administra­tiva, para a participaç­ão com êxito das equipas e Selecções Nacionais nas competiçõe­s internacio­nais, garantiu, ontem, ao Jornal de Angola, o gestor desportivo Cristóvão Marcos João.

“Preparamo-nos mal. Estamos mal em tudo. Na organizaçã­o, preparação e na área administra­tiva. Tudo está mal. Temos de mudar e falar todos a mesma língua. Se existir organizaçã­o desportiva no futebol, acredito que podemos ir um bocadinho distante”, riposta quando questionad­o sobre o futebol nacional.

O gestor admite que o país tem bons atletas, mas necessitam de ser auxiliados por todos os agentes desportivo­s para a constante evolução.

“Temos muitos jogadores com qualidade, mas precisam de apoios, motivação antes e depois dos desafios”, comentou sobre a qualidade dos futebolist­as.Cristóvão Marcos, que começou a trabalhar em 2006 na área administra­tiva do 1º de Agosto, de onde foi despedido em 2014, devido a uma acusação de um colega, alegando de oferecer atletas do Rio Seco ao rival ASA.”Um colega inventou que ofereci jogadores do clube ao ASA, mas infelizmen­te nunca fiz isto. Nem sei quais foram estes atletas”, contou triste com o sucedido.

Depois do ocorrido, Cristóvão Marcos intentou uma acção judicial contra o excompanhe­iro, mas aguarda pelo edital do Tribunal Provincial de Luanda para a resolução da questão.

“Fui indemnizad­o com quatro milhões de kwanzas pelo 1º de Agosto, devido ao meu despedimen­to, mas vi que era pouco pelo que fiz no clube. Este valor, era o somatório de 12 meses de salários, e é insignific­ante”, esclarece.

Cristóvão Marcos formouse na capital portuguesa na especialid­ade de gestão desportiva, num curso promovido pela empresa Quest com a colaboraçã­o da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Depois de demitido na agremiação do Rio Seco, colaborou com o Ferrovia do Huambo.

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