Falta de vias de acesso dificulta o patrulhamento das fronteiras
A Polícia de Guarda Fronteira na Lunda-Norte está preocupada com a falta de vias de acesso para facilitar a vigilância e protecção da fronteira no município do Cuango, através dos meios de patrulhamento modernos existentes.
A preocupação foi manifestada pelo comandante da 6ª Unidade da Polícia de Guarda Fronteira, superintendente Laurindo Sapalo, durante a visita do governador provincial, Ernesto Muangala, à referida unidade policial.
A visita serviu para aferir a prontidão das forças na protecção das fronteiras, de modo a evitar a entrada de cidadãos estrangeiros no território nacional, tendo em conta as medidas de prevenção e combate à pandemia da Covid-19.
Segundo Laurindo Sapalo, os postos fronteiriços do Lola, Lola-1, Tunguila, Camuenda eEx-TGFAprecisamdeabertura de picadas para permitir que os meios disponíveis possam atingir os pontos estratégicos para melhor patrulhamento.
Por esta razão, acrescentou, as fronteiras do Catolo, Lola e Lola-1 têm sido as mais violadas pelos cidadãos da RDC, que procuram entrar no território nacional com o objectivo de atingir as áreas do Cavuba e Bananeira, para a exploração ilícita de diamantes.
O comandante da 6ª Unidade da Polícia de Guarda Fronteira assegurou que as tentativas de entrada dos cidadãos da RDC nos municípios fronteiriços do Cuilo, Caungula, Cuango e XáMuteba
são frustradas pelas forças que garantem a inviolabilidade das fronteiras, graças à resposta imediata que tem resultado na detenção dos imigrantes ilegais.
No seu entender, a utilização de meios tecnológicos para a vigilância das fronteiras é fundamental, porque diminui o esforço físico das forças em serviço.
Sublinhou que os meios garantem também a vigilância das fronteiras onde as forças não conseguem atingir, o que possibilita a realização dos serviços operativos necessários para a protecção das fronteiras, através da informação captada pelos equipamentos.
A 6ª Unidade da Polícia de Guarda Fronteira, localizada na região Sul da província, controla uma extensão de fronteira de 280 quilómetros, dos quais 58 fluviais, a partir da margem direita do rio Cuango, até à margem esquerda do rio Cuilo. Para garantir a inviolabilidade da faixa fronteiriça, estão instalados uma sub-Unidade e 16 postos de guarda fronteira.
Laurindo Sapalo informou que desde que foi decretado o Estado de Emergência, com o encerramento das fronteiras, a Polícia de Guarda Fronteira tem intensificado as actividades de enfrentamento com a realização de serviços operativos que resultaram na detenção de 271 cidadãos por violação da fronteira.
O superintendente considerou de estável o estado de segurança ao longo da fronteira, graças ao empenho dos efectivos no cumprimento dos serviços operativos. Nos últimos dias, foram detidos 16 cidadãos da RDC que tentavam violar a fronteira, mas que foram surpreendidos pelas forças e mandados retornar, pela mesma via, ao país de origem.
O governador da LundaNorte reconheceu o esforço da Polícia na protecção das fronteiras, apesar das dificuldades que ainda enfrentam, tendo em conta a extensão das mesmas em relação à RDC, sobretudo com a província do Cuango.
Na visita de constatação aos postos fronteiriços do Sahundo, no município do Cuilo, Marco-25, no município do Caungula e do Luremo, no município do Cuango, Ernesto Muangala ficou satisfeito com a prontidão das forças no combate à imigração ilegal. O governador, que também coordena a Comissão Provincial de resposta à pandemia da Covid19, orientou os administradores municipais a reforçar, em medicamentos e material de biossegurança, os postos da Polícia de Guarda Fronteira, por serem os combatentes da linha de frente e que correm muitos riscos no acto da detenção de imigrantes ilegais.