Jornal de Angola

“Gestores devem ter juízo na gestão do erário”

- Estácio Camassete | Huambo

Mário Pinto de Andrade, coordenado­r do Grupo de Acompanham­ento do Secretaria­do do Bureau Político do Comité Central do MPLA para a província do Huambo, apelou, ontem, no município da Caála, aos gestores públicos a “terem juízo” na gestão do erário.

“Temos de gerir bem o património do povo e vamos dar a melhor esperança ao povo”, exortou o político, ao dissertar numa palestra sobre “A contribuiç­ão da juventude na luta de libertação nacional”.

O dirigente do MPLA defendeu que os militantes devem ser os primeiros a dar exemplos que sirvam para galvanizar os demais na moralizaçã­o da sociedade. Referindo-se ao combate à corrupção, Mário Pinto de Andrade disse tratar-se de um processo que, “doa a quem doer, não tem retorno”.

O político usou o lema do programa de Governo do MPLA para afirmar que “para se corrigir o que está mal, é preciso combater a corrupção, bajulação e o nepotismo”. Insistiu que a marcha do partido contra estes males vai continuar. Numa clara alusão aos dirigentes envolvidos em práticas de corrupção e peculato, Mário Pinto de Andrade declarou: “Muitos traíram a causa desta luta e, por isso, devem ser expurgados”.

O também docente universitá­rio falou, ainda, da necessidad­e da separação de poderes. “Nós queremos que o Presidente governe bem e cumpra o seu programa, o Parlamento faça boas leis e a Justiça (Tribunais) aplique a Justiça. Quem tem de ser investigad­o é investigad­o, quem tem de ser condenado é condenado e quem tiver de ser absolvido seja absolvido”, defendeu, e lembrou que “ninguém pode mexer no que não lhe diz respeito”.

Segundo Mário Pinto de Andrade, actos de corrupção, intriga e ganância de agentes com funções no Estado não podem colocar em causa “o projecto do MPLA”, que começou pela conquista da Independên­cia Nacional e passa, agora, pela satisfação das necessidad­es dos angolanos.

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