Protecção de tartarugas é incentivada no Lobito
A província de Benguela conta com um projecto ecológico de preservação e repovoamento de tartarugas marinhas, lançado ontem, naquela cidade, inserido nas festividades do quadragésimo quarto aniversário da Independência de Angola, a assinalar-se amanhã.
A iniciativa surgiu, de acordo com Deluz Lacor, a mentora, quando ela e o esposo verificaram que pessoas estavam a matar tartarugas marinhas nas praias do Lobito, apoderando-se dos ovos.
Deluz Lacor conta que, pelo facto de residirem na zona balnear da Restinga, foram verificando tartarugas desovando em frente à sua residência e que passaram a ser mortas por cidadãos, que as utilizavam como alimentação, o que obrigou, a ela e ao esposo, a intervirem.
“Tínhamos que fazer alguma coisa e começámos a proteger as tartarugas, vigiando o processo de desova, para que ninguém as matasse, bem como leválas de regresso ao mar”, sublinhou Deluz Lacor, que acrescentou ter sido necessário fazer algo mais pela preservação, uma vez que as pessoas também se apoderavam dos ovos.
De acordo com a mentora do projecto, decidiram começar a guardar os ovos para os proteger melhor dos caçadores furtivos, que durante a noite se apoderavam dos futuros rebentos das tartarugas.
Deluz Lacor afirmou que, do primeiro ninho, em três anos, saíram 50 tartarugas, o que a levou a pensar que valia a pena a iniciativa e o esforço de encubá-las. “Guardar aqueles ovos a uma temperatura certa e depois levá-las ao mar valeu a pena”, realçou.