Selecção Nacional apurada para o CAN do Marrocos
Selecção Nacional chega pela terceira vez à fase final do Campeonato Africano das Nações de Futsal
Um futebol de qualidade superior permitiu à Selecção Nacional de Futsal confirmar a terceira presença no Campeonato Africano das Nações (CAN), com palco em Marrocos no próximo ano, mercê de nova goleada, por 9-1, imposta à similar da Zâmbia, em jogo da segunda “mão”, disputado ontem no Pavilhão Anexo I da Cidadela.
Os golos de Gilberto, aos 4’, Mano Cele, aos 7’, 23’ e 25’, Osvaldo, aos 8’, de penálti, Prado, aos 24’, 36’ e 39’ e Jó, aos 36 minutos, deram corpo a uma vitória por números demasiado expressivos, e nunca inspirou cuidados, fruto do domínio avassalador e da acção demolidora do ataque de Angola.
A “gordura” da vitória da selecção angolana reflecte, em absoluto, o excelente labor patenteado durante os 40 minutos regulamentares. Os pupilos de Benvindo Inácio protagonizaram uma entrada de rompante na partida, submetendo os zambianos a intensos calafrios, sendo incapazes de reagir à enorme pressão.
A grande dinâmica imprimida pela Selecção Nacional e o seu volume ofensivo, cedo colocaram a nu as inúmeras fraquezas de um adversário zambiano, que se apresentou impotente para destruir a muralha defensiva contrária. Como solução, teve de apostar em remates à longa distância, para tentar surpreender o guarda-redes Alves Sousa.
Era, na maioria das vezes, pela nota artística dos pés de Kaluanda e da qualidade criativa de Mano Cele, que Angola tornava o jogo num autêntico “hino ao futebol”.
O passeio triunfante do combinado nacional veio a confirmar-se na segunda parte. Aos 3-0 trazidos do intervalo, a avalanche ofensiva de Angola acrescentou mais seis golos. Diga-se mesmo, sem medo de errar, que os angolanos passaram pelos zambianos como “faca quente” em manteiga.
A Zâmbia nada fez para inverter a história do jogo. Aliás, andou largos períodos do desafio a revelar falta de estratégia para destruir o bloco defensivo de Angola. Como se não bastasse isso, demonstrou enorme passividade e pagou caro por isso. Ainda assim, foi capaz de fazer um golo de honra, ao “cair do pano”, aos 40’, por intermédio de Banda, numa altura em que a equipa angolana já revelava desconcentração e cansaço.
Com o expressivo triunfo de 13-1, no cômputo dos dois jogos, os angolanos apuramse com todo o mérito para o CAN de Marrocos, onde assinalam a terceira presença.
“Qualificação espectacular”
O seleccionador nacional de Futsal, Benvindo Inácio, surgiu na conferência de imprensa extremamente satisfeito com o feito dos pupilos. O treinador justificou a qualificação como resultado de uma eliminatória espectacular.
“Planificámos muito bem, e fomos muito bem recompensados com uma qualificação espectacular, onde toda a gente que aqui esteve saiu extremamente satisfeita. Não prevíamos mais esta goleada, porque temos respeito pelo adversário e sabíamos que tínhamos de trabalhar com o intuito de não permitir que eles marcassem em nossa casa”, disse.
Benvindo Inácio acrescentou que não esperava vencer por 9-1, pois sempre encarou este segundo jogo com cautelas, ciente de que “a eliminatória ainda não estava fechada”, e “só seria possível acreditar na qualificação, se o grupo trabalhasse sério”.
Brian Kunsanama, seleccionador zambiano, rendeu-se ao potencial de Angola e felicitou a selecção nacional pela qualificaçãoparaacompetiçãocontinental, desejando sorte.
“Só tenho de dar os parabéns à selecção de Angola, porque não tivemos hipótese nenhuma, contra um agregado de 13 golos contra um. Angola é muito forte, e já tem jogado há muito tempo juntos. Tenho de felicitar e desejar boa sorte no CAN de Marrocos”.