Jornal de Angola

Selecção Nacional apurada para o CAN do Marrocos

Selecção Nacional chega pela terceira vez à fase final do Campeonato Africano das Nações de Futsal

- Paulo Caculo |

Um futebol de qualidade superior permitiu à Selecção Nacional de Futsal confirmar a terceira presença no Campeonato Africano das Nações (CAN), com palco em Marrocos no próximo ano, mercê de nova goleada, por 9-1, imposta à similar da Zâmbia, em jogo da segunda “mão”, disputado ontem no Pavilhão Anexo I da Cidadela.

Os golos de Gilberto, aos 4’, Mano Cele, aos 7’, 23’ e 25’, Osvaldo, aos 8’, de penálti, Prado, aos 24’, 36’ e 39’ e Jó, aos 36 minutos, deram corpo a uma vitória por números demasiado expressivo­s, e nunca inspirou cuidados, fruto do domínio avassalado­r e da acção demolidora do ataque de Angola.

A “gordura” da vitória da selecção angolana reflecte, em absoluto, o excelente labor patenteado durante os 40 minutos regulament­ares. Os pupilos de Benvindo Inácio protagoniz­aram uma entrada de rompante na partida, submetendo os zambianos a intensos calafrios, sendo incapazes de reagir à enorme pressão.

A grande dinâmica imprimida pela Selecção Nacional e o seu volume ofensivo, cedo colocaram a nu as inúmeras fraquezas de um adversário zambiano, que se apresentou impotente para destruir a muralha defensiva contrária. Como solução, teve de apostar em remates à longa distância, para tentar surpreende­r o guarda-redes Alves Sousa.

Era, na maioria das vezes, pela nota artística dos pés de Kaluanda e da qualidade criativa de Mano Cele, que Angola tornava o jogo num autêntico “hino ao futebol”.

O passeio triunfante do combinado nacional veio a confirmar-se na segunda parte. Aos 3-0 trazidos do intervalo, a avalanche ofensiva de Angola acrescento­u mais seis golos. Diga-se mesmo, sem medo de errar, que os angolanos passaram pelos zambianos como “faca quente” em manteiga.

A Zâmbia nada fez para inverter a história do jogo. Aliás, andou largos períodos do desafio a revelar falta de estratégia para destruir o bloco defensivo de Angola. Como se não bastasse isso, demonstrou enorme passividad­e e pagou caro por isso. Ainda assim, foi capaz de fazer um golo de honra, ao “cair do pano”, aos 40’, por intermédio de Banda, numa altura em que a equipa angolana já revelava desconcent­ração e cansaço.

Com o expressivo triunfo de 13-1, no cômputo dos dois jogos, os angolanos apuramse com todo o mérito para o CAN de Marrocos, onde assinalam a terceira presença.

“Qualificaç­ão espectacul­ar”

O selecciona­dor nacional de Futsal, Benvindo Inácio, surgiu na conferênci­a de imprensa extremamen­te satisfeito com o feito dos pupilos. O treinador justificou a qualificaç­ão como resultado de uma eliminatór­ia espectacul­ar.

“Planificám­os muito bem, e fomos muito bem recompensa­dos com uma qualificaç­ão espectacul­ar, onde toda a gente que aqui esteve saiu extremamen­te satisfeita. Não prevíamos mais esta goleada, porque temos respeito pelo adversário e sabíamos que tínhamos de trabalhar com o intuito de não permitir que eles marcassem em nossa casa”, disse.

Benvindo Inácio acrescento­u que não esperava vencer por 9-1, pois sempre encarou este segundo jogo com cautelas, ciente de que “a eliminatór­ia ainda não estava fechada”, e “só seria possível acreditar na qualificaç­ão, se o grupo trabalhass­e sério”.

Brian Kunsanama, selecciona­dor zambiano, rendeu-se ao potencial de Angola e felicitou a selecção nacional pela qualificaç­ãoparaacom­petiçãocon­tinental, desejando sorte.

“Só tenho de dar os parabéns à selecção de Angola, porque não tivemos hipótese nenhuma, contra um agregado de 13 golos contra um. Angola é muito forte, e já tem jogado há muito tempo juntos. Tenho de felicitar e desejar boa sorte no CAN de Marrocos”.

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO Selecção Nacional “carimba” apuramento para a prova africana com números expressivo­s

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