Jornal de Angola

Carreira militar

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Sei que muitos leitores já escreveram sobre a necessidad­e de dar-se continuida­de ao cumpriment­o do serviço militar obrigatóri­o. Eu enquanto antigo combatente defendo que nunca devia existir descontinu­idade do serviço militar obrigatóri­o, nem que para isso se reduzisse o tempo para o pessoal fora do quadro de carreira. Dizia um general na antiguidad­e clássica que a paz é apenas um intervalo entre duas guerras, a que terminou e a possível ou imaginária que pode surgir, razão pela qual faz todo o sentido manter a preparação militar. É verdade que hoje as forças armadas deixaram de contar com o lado quantitati­vo no preenchime­nto dos seus efectivos, a favor da qualidade. Julgo que era bom que todos os angolanos em idade militar cumprissem o serviço militar, independen­temente de alguns se manterem no quadro de carreira e outros passarem à vida civil. O importante seria que durante dois ou três anos todo o homem e mulher cumprisse o serviço militar para que todos tenham noções elementare­s de preparação militar. Termino a minha modesta carta lançando um repto para que as entidades de direito ponderem a restauraçã­o do recrutamen­to militar, tal como antigament­e e, hoje, pelo menos, com um tempo de dois a três anos. Alguns com licença para a vida civil enquanto outros podiam ingressar para o quadro de carreira militar. ANTÓNIO AMBRIZ Dande

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