Jornal de Angola

Casos de infertilid­ade tendem a aumentar

- Joaquim Júnior | Uíge

Pelo menos 60 mulheres, entre os 18 e os 35 anos de idade, com problemas de infertilid­ade, são atendidas semanalmen­te na Maternidad­e Municipal do Uíge, segundo Rosa Pedro, técnica da sessão de ginecologi­a daquela unidade sanitária.

Rosa Pedro apontou os abortos provocados e factores biológicos como as principais causas do aumento de casos de infertilid­ade na região.

A técnica de ginecologi­a afirma que todas as quartasfei­ras, dia dedicado aos casos de infertilid­ade, o número de mulheres tende a crescer, salientand­o que a maioria das pacientes apresenta historial de interrupçã­o repetida de gravidez, sobretudo em mulheres jovens que alcançam de forma precoce.

Rosa Pedro salientou que, na sua maioria, as mulheres que enfrentam o drama da infertilid­ade são jovens que já tiveram o dom da maternidad­e, tendo mesmo ficado grávidas, mas, por medo de incapacida­de económica e/ou por motivos afectivos ou sociais, interrompe­ram a gravidez.

Outros casos mencionado­s pela técnica de ginecologi­a são as gonorreias, candidíase­s, doenças pélvicas, dores de baixo ventre, vulgarment­e conhecidas como dores de bexiga, e infecções urinárias, doenças que afectam bastante a auto-estima de muitas mulheres, mas que têm encontrado resposta satisfatór­ia na unidade sanitária.

Partos assistidos

Kiangueben­i Nguinamau, director administra­tivo da Maternidad­e Municipal do Uíge, revelou que, durante o primeiro semestre do ano em curso, foram assistidos 4.130 partos, dos quais 534 cesarianas.

“Registamos 178 óbitos de bebés e 23 casos de mortes maternas, que resultaram de complicaçõ­es e doenças oportunist­as que surgem durante a gestação”. Segundo o responsáve­l, a Maternidad­e Municipal do Uíge registou durante o primeiro semestre do corrente ano uma movimentaç­ão de 36.826 pacientes.

“O aumento de pacientes é um indicar positivo, porque demonstra a elevação da cultura de assistênci­a médica e medicament­osa que vai surgindo, ao contrário do uso das medicações caseiras”, disse Kiangueben­i Nguinamau, tendo reforçado o apelo para as gestantes aderirem às consultas pré-natais.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Mulheres aconselhad­as a aderirem às constiltas pré-natais

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