Pecuária requer mais terra e água
O espaço ocupado pela criação de animais, equivalente a 80 por cento das terras agrícolas, contrasta com a sua contribuição para o consumo de calorias, que é de apenas 18 por cento.
A tendência mundial para a industrialização da produção de carne implica que o gado seja alimentado com milho e farelo de soja, cujo cultivo exige maior quantidade de terra.
Os bovinos necessitam de 28 vezes mais terra e 11 vezes mais água e comida que os suínos e galináceos. A América Latina é das regiões com mais responsabilidade nessa questão, com impacto directo sobre a Amazónia.
A ter em conta que a população mundial, de mais de nove mil milhões, deve crescer em 2,3 mil milhões de pessoas até 2050, somando a isso o aumento dos salários, que devem triplicar de valor nesse período, será preciso cortar todas as florestas do planeta para atender à procura de carne.
A ONU estima que até 2050, período da nossa história em que o homem comerá mais carne, o seu consumo aumentará em 76 por cento.
A produção de gado bovino resulta cinco vezes mais em emissões de gases de efeito estufa que a de porcos e frangos. Em conjunto, a pecuária é hoje responsável por uma fracção entre 18 e 51 por cento da emissão dos gases estufa, segundo a fonte consultada, e os gastos com água, transporte, energia, entre outros factores.