Testes de admissão na Saúde
Estão inscritos mais de trinta mil candidatos para disputarem 2.850 vagas no concurso público. Os apurados vão ser empregados ainda este ano. A garantia foi dada pelo director nacional dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde
O director nacional dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde anunciou para terça-feira os exames de admissão, em todo o país, de novos técnicos da rede pública. Óscar Isalino disse ao Jornal de Angola que estão inscritos mais de 30 mil candidatos para 2.850 vagas abertas pelo sector para o concurso público deste ano.
Os exames de admissão de novos técnicos da rede pública de saúde vão ser feitos a partir das 09h00 de terça-feira em todo o país, revelou, ontem, em Luanda, o director nacional dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde.
Óscar Isalino, que falava ao Jornal de Angola, disse que estão inscritos mais de 30 mil candidatos para disputarem 2.850 vagas abertas para o concurso público deste ano.
Do rol de vagas existentes 1.500 são para médicos, 100 para licenciados em enfermagem, 100 para licenciados em diagnóstico e terapêutica, 950 para técnicos médios de enfermagem e 200 para técnicos médios de diagnóstico e terapêutica.
Os exames de admissão vão decorrer apenas na terça-feira para, no dia seguinte, as provas feitas pelos candidatos das outras províncias virem para Luanda, onde “vão ser corrigidas de forma automática”.
Os exames vão ser feitos em duas horas e meia, nas capitais das 18 províncias do país, disse Óscar Isalino. Citando o regulamento do concurso, o responsável acentuou que o candidato que chegar atrasado no dia da prova não vai ter prorrogação de tempo.
O site do Ministério da Saúde está disponível desde ontem, sábado, para consulta pelos candidatos da escola e salas onde cada um vai fazer a prova de admissão.
Em Luanda, os exames vão ser feitos em várias escolas, por ser a província com maior número de municípios e unidades escolares. Nas outras províncias, a localização das escolas pelos candidatos está mais facilitada, reconheceu o director nacional dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde.
No dia dos exames, os candidatos devem fazer-se acompanhar do Bilhete de Identidade e do recibo de inscrição. “Sem esses instrumentos não vão ter acesso à sala de prova”, avisou Óscar Isalino.
Os temas para a prova estão ligados a cada profissão, explicou Óscar Isalino, para quem “é essencial que o profissional domine questões ligadas à medicina interna, obstetrícia, saúde pública, análises clínicas, cultura geral e ética”.
As listas dos candidatos admitidos e não admitidos vão ser afixadas nas escolas onde eles efectuaram as provas, além de estarem disponíveis no site do Ministério da Saúde. “As perguntas serão codificadas e o candidato terá acesso ao enunciado e a mais uma folha, onde deve responder com um X à resposta certa”, adiantou Óscar Isalino.
O candidato, salientou o responsável, deve responder a todas as questões, ainda que não conheça a resposta, para permitir que o computador (scanner) faça a correcção da sua prova.
Os resultados vão ser afixados dois ou três dias depois da realização das provas. Depois da afixação dos resultados das provas, o Ministério da Saúde vai dar um tempo para, de acordo com a lei, os candidatos fazerem possíveis reclamações que “vão ser rapidamente analisadas”. Óscar Isalino garantiu: “Se houver procedência daremos o devido tratamento”.
Após a correcção das provas, os candidatos vão poder ver no site do Ministério da Saúde as suas provas e a chave do exame, “para poderem fazer a comparação e analisar onde acertaram ou não”.
As listas definitivas só vão ser publicadas e encaminhadas para o Tribunal de Contas depois do atendimento das reclamações.
“Estamos a trabalhar também com o Ministério das Finanças para que este processo seja célere”, sublinhou Óscar Isalino, acrescentando que o objectivo é a inserção no sistema dos técnicos admitidos “o mais rápido possível, ou seja, tão-logo tenhamos o visto de conformidade do Tribunal de Contas”.
A classificação das provas é de zero a 20 valores e só vão ser admitidos candidatos com nota positiva, a partir de dez valores.
Caso as vagas não sejam totalmente ocupadas, por haver um maior número de reprovações, a lei prevê o recurso a outros métodos de admissão, como entrevistas, esclareceu Óscar Isalino, que disse também ser possível transferir as vagas não ocupadas este ano para o próximo concurso.
Emprego garantido
O director dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde garantiu que todo o candidato que aprovar no teste vai ter a sua “vaga garantida”, devendo ser “empregado ainda este ano”.
A uma pergunta sobre as necessidades do país, Óscar Isalino informou que, de uma forma geral, Angola precisa de mais especialistas e assegurou que, “de agora em diante, os concursos públicos no sector da Saúde vão ser realizados anualmente”.
Óscar Isalino tranquilizou os candidatos quando afirmou que “tudo está a ser feito para que o processo seja transparente até à inserção do profissional na folha de salários ainda este ano”.
O director nacional dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde informou que, além do concurso para o regime especial, vai ser realizado apenas em Luanda, na terça-feira, o concurso relativo ao regime geral, no qual vão ser testados contabilistas, juristas e economistas.
Na terça-feira, as provas do concurso vão decorrer na Escola Ngola Kiluanje e, nos dias 21 e 22, no Magistério Mutu ya Kevela.
Após a afixação dos resultados das provas, o Ministério da Saúde vai dar um tempo para, de acordo com a lei, os candidatos fazerem possíveis reclamações que vão ser rapidamente analisadas