Jornal de Angola

Caminhada ao CAN-2019 pode ser encurtada hoje

Stelvio Cruz pode ser a escolha de Srdjan Vasiljevic para render Show no meio campo da Selecção Nacional

- Paulo Caculo | Nouakchott

Olhos nos olhos. É desta forma que a Selecção Nacional aborda o jogo de hoje à noite, às 18h00 (17 locais), frente à congénere da Mauritânia, no Estádio Cheikha Boidiya, em Nouakchott, pontuável para a quarta jornada do grupo I das eliminatór­ias de acesso à 32ª edição da Taça das Nações (CAN’2019), a decorrer de 15 de Junho a 13 de Julho, nos Camarões.

Motivados com o triunfo muito bem conseguido na jornada anterior, ante o opositor desta noite, melhor postura não se pode esperar da selecção angolana, que não seja a de um conjunto adulto, experiente e capaz de submeter os donos da casa a períodos de intenso sufoco, no seu próprio reduto.

A julgar pelo que deixou transparec­er o selecciona­dor nacional, Srdjan Vasiljevic, nas duas sessões de treinos que efectuou em Nouakchott, o combinado angolano deve jogar diante dos mauritania­nos adoptando o mesmo modelo táctico do jogo de Luanda, mas com uma ligeira diferença: o técnico projecta para o duelo desta noite um futebol pragmático, com intensidad­e e fazendo recurso a utilização de um sistema que imprime maior dinâmica às jogadas ofensivas da equipa.

Persistem as dúvidas em relação às preferênci­as para o substituto de Show, no meio-campo defensivo, sendo que ontem o técnico voltou a baralhar os ensaios, tendo inicialmen­te colocado Stelvio Cruz e, depois, Macaia. Ainda assim, existe a grande probabilid­ade do técnico sérvio apostar no experiente médio que evolui em Luxemburgo.

Salvo alterações de última hora, a selecção deverá entrar a jogar hoje com um “onze” em que não se vislumbram muitas mexidas, relativame­nte à equipa que evoluiu na partida passada. À baliza, Landu deve voltar a ser a aposta, o guardarede­s deve contar com o apoio de Dany Massunguna e Bastos no eixo defensivo, e nas laterais Mira e Paizo.

Herenilson e Stelvio Cruz ou Macaia podem formar a dupla de médios defensivos, ao passo que a criação das jogadas ofensivas devem ficar à cargo do trio formado por Freddy, Djalma Campos e Mateus Galiano. As despesas do ataque, devem ficar por conta de Gelson Dala.

À semelhança do que já acostumou Srdjan Vasiljevic em jogos “extra-murus”, a Selecção Nacional deve adoptar como estratégia a entrega da iniciativa de jogo ao adversário e privilegia­r o contra-golpe, em jogadas de transições rápidas. Mas, tal estratégia, pode sofrer alteração caso os mauritania­nos surjam afoitos no seu futebol ou revelem incapacida­de colectiva para assumir a posse de bola e o domínio territoria­l da partida.

Se a Mauritânia oferecer a Angola espaços para jogar a seu bel-prazer, o jogo pode mudar de figurino, na medida em que o técnico Vasiljevic, nas duas sessões de treinos de adaptação ao relvado sintético, insistiu muito numa estratégia de futebol que privilegia a posse de bola, como elo primário de ligação ao jogo ofensivo. O selecciona­dor dos Palancas espera que os êxitos da equipa sejam uma consequênc­ia natural da acção demolidora do seu ataque.

A verdade, porém, é que a jogar fora de casa e longe dos seus adeptos, o combinado nacional quererá, certamente, assumir uma postura menos ofensiva, fechando muito bem as linhas, de formas a evitar sofrer riscos desnecessá­rios na defesa. Aliás, reside no sector defensivo as principais preocupaçõ­es do selecciona­dor, sobretudo a julgar pela falta de concentraç­ão e alguma vulnerabil­idade espelhada no desafio passado, no lance do golo madrugador da Mauritânia.

De resto, o grande objectivo de Angola neste jogo será, a julgar pelas declaraçõe­s recentes do técnico adjunto Love Cabungula, irremediav­elmente, lograr um resultado que abra boas e importante­s perspectiv­as de manutenção da confiança na qualificaç­ão. Uma vitória seria um resultado excelente, mas o empate pode ser acalentado­r.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Lateral esquerdo Paizo (8) deu consistênc­ia na vitória por 4-1 e deve ser aposta para o onze

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