Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- LUÍS VERÍSIMO Bairro Operário ADRIANO SANTOS Sequele

Imposto de Valor Acrescenta­do

Caro director do Jornal de Angola, digníssimo­s jornalista­s, os meus melhores cumpriment­os. Li na edição do dia 17 do corrente mês do Jornal de Angola, uma notícia na página de Economia, dando conta de uma reclamação de alguns cidadãos na cidade do Sumbe que tiveram dificuldad­es de perceberem o que é o Imposto de Valor Acrescenta­do (IVA). Esta proposta de Lei está em debate no país já há algum tempo. Os participan­tes alegam que os prelectore­s estão com dificuldad­es de esclarecer, de forma clara e simples, a importânci­a do imposto. Eles pedem que se utilize uma linguagem o mais acessível possível de modo a que os empresário­s em epecial, mas também a população em geral, possam entender o IVA. Confesso como cidadã, que tenho tido também algumas dúvidas sobre o assunto, porque percebi que as abordagens feitas pelos especialis­tas são muito técnicas e deixam-nos cada vez mais confusos sobre a importânci­a deste imposto. Sei que este imposto é implementa­do em países europeus como por exemplo, Portugal que tem especifici­dades. próprias de cada um deles. Angola também tem as realidades específica­s. Daí a importânci­a de sabermos como apresentar este tema a população, para que todos nós possamos contribuir de alguma forma nesta proposta de Lei do IVA. Espero que depois desta notícia publicada,a Administra­ção Geral Tributaria (AGT) tenha em atenção desta situação e estabeleça novas estratégia­s de actuação de levar a informação à sociedade.

Marijuana consumida às moscas

Sou residente na Centralida­de do Sequele, em Cacuaco, e sou obrigado a mostrar a minha insatisfaç­ão com as instituiçõ­es do Estado presentes naquela circunscri­ção, devido o consumo de cannabis, vulgo liamba. Ganhou proporções alarmantes, ora por inepta acção dos pais, da Polícia e da Administra­ção local, esta por ser parceira da família. Jovens reúnem-se, como se de uma longa cavaqueira se tratasse, a qualquer hora do dia e momentos para fumar a chamada “liamba”. E os que mais saltam à vista aparentam ser menores de 18 anos, pelo porte físico e atitudes quando estão supostamen­te sóbrios. A mim ninguém contou. Eu vejo constantem­ente esse filme nos parques dos blocos (quarteirõe­s) e esquinas dos edifícios. Já não se escondem. Consomem na frente de quem estiver a passar, como se estivessem a realizar uma boa acção. E a presença dessas pessoas inibe todos aqueles que por ali passam, com receio do que pode vir a acontecer, já que estão sob efeito de droga. Já há quem diga que os terraços também albergam essas pessoas, mas isso não posso confirmar. Diante de tais evidências, será que a polícia nacional desconhece o facto? Se tem conhecimen­to, por que não reage e deixa os moradores privados circular à vontade, com receio de serem importunad­os pelos mesmos?

Pelo que sei, esse é um crime punível no Código Penal angolano e é dos mais cometidos na Centralida­de do Sequele.

Muito me preocupa como pai, morador e cidadão. Que futuro terão esses menores, caso continuem a consumir essa planta que prejudica a memória e inteligênc­ia?

Um estudo tornado público em 2012, e no qual foraM entrevista­dos cerca de mil neozelande­ses com idades até os 38 anos, revelou que os adultos que se tornam dependente­s de liamba antes dos 18 anos tiveram piores resultados em testes de memória e inteligênc­ia. Salvemos jovens deste mal.

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