CARTAS DOS LEITORES
Imposto de Valor Acrescentado
Caro director do Jornal de Angola, digníssimos jornalistas, os meus melhores cumprimentos. Li na edição do dia 17 do corrente mês do Jornal de Angola, uma notícia na página de Economia, dando conta de uma reclamação de alguns cidadãos na cidade do Sumbe que tiveram dificuldades de perceberem o que é o Imposto de Valor Acrescentado (IVA). Esta proposta de Lei está em debate no país já há algum tempo. Os participantes alegam que os prelectores estão com dificuldades de esclarecer, de forma clara e simples, a importância do imposto. Eles pedem que se utilize uma linguagem o mais acessível possível de modo a que os empresários em epecial, mas também a população em geral, possam entender o IVA. Confesso como cidadã, que tenho tido também algumas dúvidas sobre o assunto, porque percebi que as abordagens feitas pelos especialistas são muito técnicas e deixam-nos cada vez mais confusos sobre a importância deste imposto. Sei que este imposto é implementado em países europeus como por exemplo, Portugal que tem especificidades. próprias de cada um deles. Angola também tem as realidades específicas. Daí a importância de sabermos como apresentar este tema a população, para que todos nós possamos contribuir de alguma forma nesta proposta de Lei do IVA. Espero que depois desta notícia publicada,a Administração Geral Tributaria (AGT) tenha em atenção desta situação e estabeleça novas estratégias de actuação de levar a informação à sociedade.
Marijuana consumida às moscas
Sou residente na Centralidade do Sequele, em Cacuaco, e sou obrigado a mostrar a minha insatisfação com as instituições do Estado presentes naquela circunscrição, devido o consumo de cannabis, vulgo liamba. Ganhou proporções alarmantes, ora por inepta acção dos pais, da Polícia e da Administração local, esta por ser parceira da família. Jovens reúnem-se, como se de uma longa cavaqueira se tratasse, a qualquer hora do dia e momentos para fumar a chamada “liamba”. E os que mais saltam à vista aparentam ser menores de 18 anos, pelo porte físico e atitudes quando estão supostamente sóbrios. A mim ninguém contou. Eu vejo constantemente esse filme nos parques dos blocos (quarteirões) e esquinas dos edifícios. Já não se escondem. Consomem na frente de quem estiver a passar, como se estivessem a realizar uma boa acção. E a presença dessas pessoas inibe todos aqueles que por ali passam, com receio do que pode vir a acontecer, já que estão sob efeito de droga. Já há quem diga que os terraços também albergam essas pessoas, mas isso não posso confirmar. Diante de tais evidências, será que a polícia nacional desconhece o facto? Se tem conhecimento, por que não reage e deixa os moradores privados circular à vontade, com receio de serem importunados pelos mesmos?
Pelo que sei, esse é um crime punível no Código Penal angolano e é dos mais cometidos na Centralidade do Sequele.
Muito me preocupa como pai, morador e cidadão. Que futuro terão esses menores, caso continuem a consumir essa planta que prejudica a memória e inteligência?
Um estudo tornado público em 2012, e no qual foraM entrevistados cerca de mil neozelandeses com idades até os 38 anos, revelou que os adultos que se tornam dependentes de liamba antes dos 18 anos tiveram piores resultados em testes de memória e inteligência. Salvemos jovens deste mal.