Tumultos no Conselho da CASA-CE
A última reunião do Conselho da CASA-CE ficou marcada por tumultos, com militantes a pretenderem atacar os mentores da acção judicial contra o líder da coligação.
A última reunião do Conselho Presidencial da CASACE, realizada na quarta-feira, ficou marcada com alguns tumultos, com militantes fiéis ao presidente Abel Chivukuvuku a pretenderem atentar fisicamente contra os mentores da acção judicial movida contra o líder.
Manuel Fernandes, um dos vice-presidentes da coligação, confirmou, ao Jornal de Angola, que alguns dirigentes da coligação mobilizaram um grupo de militantes de base, em Luanda, para agredir líderes das formações políticas coligadas que moveram uma acção contra o presidente Abel Chivukuvuku, sob a acusação de má gestão e desvio de 15 milhões de dólares.
“Houve uma mobilização das bases de Luanda, por parte do Secretariado Provincial da CASA-CE, para que os militantes aparecessem em massa na presidência da CASA-CE, local em que se realizou, na quarta-feira, uma reunião do Conselho Presidencial”, disse o também deputado e presidente do partido PALMA.
Manuel Fernandes disse que os militantes apareceram no local com paus, machados e catanas, numa acção que estava a ser liderada pelo secretário da CASA-CE na Centralidade do Kilamba, Osvaldo Humberto, também conhecido por Trump. “Temos a publicação do Facebook e também o áudio em que ele prometia que devia surrar alguns militantes que não estavam afectos ao movimento”, disse o político. A coordenação de todas as acções, acrescentou, estava a cargo do scretário provincial da coligação, Alexandre Dias dos Santos “Libertador”
Manuel Fernandes disse que os líderes partidários que estavam sob ameaças não se fizeram presentes no local da reunião porque foram alertados por alguns militantes.
O político garantiu que a situação está já controlada e disse acreditar que o Conselho Presidencial vai responsabilizar os autores da manifestação. Manuel Fernandes assegurou, também, que os partidos coligados vão continuar com o processo de transformação da CASA-CE num “verdadeiro movimento democrático e não ditatorial”, onde a liberdade de ideias e de expressão seja respeitada e não haver o culto de personalidade.